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“Estrelas rock” da arte contemporânea portuguesa estão em Serralves
Museu inaugura exposição "Conversas" com obras de "influentes" artistas nacionais.
Obras de alguns dos considerados mais influentes artistas portugueses, produzidas nos últimos dez anos e recentemente adquiridas ou que em breve irão integrar a coleção de Serralves, Porto, estão desde esta quinta-feira expostas no Museu de Arte Contemporânea da fundação.
Sónia Almeida, Leonor Antunes, Pedro Barateiro, Pedro Cabrita Reis, Alberto Carneiro, André Cepeda, Mauro Cerqueira, Pedro Henriques, José Loureiro, Jorge Molder, Musa paradisíaca, Diogo Pimentão, Jorge Queiroz, Ana Santos, Julião Sarmento e André Sousa são os artistas representados na mostra "Conversas" que ficará patente até 22 de janeiro do próximo ano.
Ecstasy and Eden, 2014, Musa paradisiaca
"A exposição reúne obras de artista portugueses de hoje, mas de gerações diferentes, e que apresentam obras de arte que 'falam' entre si", explicou Suzanne Cotter, curadora da exposição e diretora do Museu da Arte Contemporânea de Serralves, em declarações aos jornalistas numa visita guiada que antecedeu a inauguração oficial da mostra.
Concebida como "uma série de diálogos entre alguns dos mais influentes artistas portugueses desde a geração da década de 1960 até à atualidade", a exposição propõe "narrativas baseadas em explorações formais do real, legados do modernismo, noções expandidas de pintura, mundos visionários de paisagens imaginadas e surrealismo especulativo".
Travelogue, 2006, Pedro Barateiro
A mostra apresenta obras em diversos meios - pintura, desenho, escultura, fotografia, filme e vídeo, realizadas a partir dos anos 2000.
Segundo Suzanne Cotter, "Conversas: Arte portuguesa recente na Coleção de Serralves" é "um conjunto de narrativas possíveis para considerar a arte contemporânea em Portugal da perspetiva da atualidade". As obras de arte representadas são aquisições recentes ou futuras da Coleção de Serralves datadas de 2001 a 2015.
Red Signal, 2013, Sónia Almeida. Foto: Filipe Braga
"Ao reunir as obras aqui representadas, a intenção foi sublinhar os abundantes e diversificados pontos de contacto, bem como algumas linhas de investigação formal, conceptual e narrativa da arte portuguesa e do modo como podemos começar a entender e a examinar as suas trajetórias ao longo do tempo", sublinha a diretora do museu, que considera os artistas portugueses "muito cosmopolitas".
Para Suzanne Cotter, é difícil dizer: "É uma arte tipicamente portuguesa", sendo que "muitos deles fazem parte de redes artísticas globais".
"Conversas: Arte portuguesa recente na Coleção de Serralves" tem curadoria de Suzanne Cotter, diretora do Museu de Arte Contemporânea de Serralves, e de Ricardo Nicolau, curador e adjunto da diretora do Museu de Arte Contemporânea de Serralves, no Porto.
Paving stones across the garden, 2008, Leonor Antunes. Foto: Filipe Braga
A Coleção de Serralves integra atualmente mais de 4.300 obras, das quais cerca de 1.700 são propriedade da Fundação de Serralves e as restantes 2.600, provenientes de várias coleções privadas e públicas, foram objeto de depósito de longo prazo.
De entre os acervos depositados em Serralves, que constituíram pontos de referência para o desenvolvimento da Coleção de Serralves, contam-se a Coleção da Secretaria de Estado da Cultura e a Coleção da Fundação Luso-Americana para o Desenvolvimento (FLAD). A Coleção de Serralves inclui ainda cerca de 5.000 livros e edições de artistas.
in Rádio Renascença | 16 de setembro de 2016
no âmbito da parceria Centro Nacional de Cultura | Rádio Renascença