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Doclisboa anuncia programação de música do Heart Beat
Doclisboa'16: Príncipe Records, Linda Martini, Paul Thomas Anderson e David Bowie são alguns dos nomes que integram a programação desta edição do Doclisboa.
Heart Beat é uma das secções mais queridas do Doclisboa que está de regresso este ano de 20 a 30 de outubro. O festival decorre na Culturgest, Cinema São Jorge, Cinemateca Portuguesa e Museu Calouste Gulbenkian e anunciou em Julho as suas grandes retrospetivas para esta 14º edição: “Por um Cinema Impossível: Documentário e Vanguarda em Cuba”- uma co-produção com o Museo Reina Sofia, com a colaboração da Cinemateca de Cuba e curadoria de Micahel Chanan - e a retrospectiva integral da obra do britânico Peter Watkins.
Heart Beat dedica-se este ano a um leque alargado de manifestações artísticas, transpondo as barreiras da música e das artes performativas.
ABERTURA HEART BEAT
Sons do Gueto, Tim&Barry, Reino Unido (2016)
O duo artístico Tim&Barry, conhecidos como JUST JAM são os responsáveis por Sons do Gueto. Uma viagem ao universo da Príncipe Records o epicentro da cena underground eletrónica e de dança em Lisboa. Um filme altamente antecipado, após o lançamento do anterior “I’m Tryin To Tell Ya”. Sons do Gueto continua a investigação pelos sub-géneros musicais surgidos no seio de comunidades específicas e conta com entrevistas e performances de nomes chave da Príncipe.
SESSÃO ESPECIAL LINDA MARTINI
O Dia em Que a Música Morreu, Bruno Ferreira, Portugal (2016)
Os Linda Martini apresentam “O Dia em que a Música Morreu”, uma curta metragem do realizador Bruno Ferreira, concebida de uma ideia original deste com a banda.
A ideia teve como ponto de partida a realização de um videoclip para o tema “O Dia Em que a Música Morreu”, um dos mais elogiados pela crítica, editado com “Sirumba”, o mais recente álbum dos Linda Martini.O videoclip depressa passou a um filme documental cuja narrativa se constrói em torno dos mineiros de Aljustrel e da sua relação com o silêncio. Bruno Ferreira propõe um híbrido que nos priva os sentidos e faz com que as palavras que não podemos escutar ressoem contundentes no espaço interpretativo, dilatando as margens do cinema documental e do formato “vídeo clip”.
O filme conta com a participação do “Grupo Coral do Sindicato dos Mineiros de Aljustrel” e da companhia de teatro de marionetas Chilena “Silencio Blanco”.
Esta sessão especial conta com apresentação dos Linda Martini e com uma seleção de videoclips nacionais feita e comentada pelos membros da banda, seguida de uma festa seguida de uma festa na qual todos os elementos da banda vestem a pele de DJs.
Man With a Hundred Faces or The Phantom of Herouville, de Gaëtan Chataigner, França (2015)
David Bowie é um fantasma. A sua música, o seu carácter fotogénico, as suas personagens não deixam de assombrar o trabalho de outros, de fascinar gerações inteiras de artistas e pessoas em todo o mundo. Para seguir o rasto de um fantasma, o melhor foi começar por um local que ele assombrara: os estúdios míticos do Castelo de Hérouville. Foi, em parte, aqui que o rock dos anos 1970 escreveu a sua lenda, de que Bowie é um dos maiores protagonistas. Com interpretações de: David Bowie, Lou Doillon, Alain Chamfort, Chilly Gonzales, Barbara Carlotti, Jeanne Added, Bertrand Belin, Mathieu Saïkaly, Théodore, Paul & Gabriel, Aquaserge, Modooïd.
Inside the Mind of Favela Funk, de Fleur Beemster, Elise Roodenburg, Holanda (2015)
O amor e as relações no mundo do extremamente popular “funk da favela”: música pornográfica dos bairros pobres do Rio de Janeiro. O filme mostra a perspetiva da juventude da favela e procura encontrar a relação entre as letras do funk da favela e as suas vidas (amorosas) pessoais quotidianas, dominadas por uma subcultura sem lei de bandos de traficantes de droga, violência e sexo.
Junun, de Paul Thomas Anderson, EUA (2015)
Primavera de 2015. O marajá de Jodhpur, na Índia, recebe Shye Ben Tzur, Jonny Greenwood (Radiohead), Nigel Godrich, Paul Thomas Anderson e uma dúzia de músicos indianos. Nas três semanas seguintes dá-se azo a uma colaboração festiva que se torna na música e no filme Junun (loucura do amor), ponto de encontro transcultural e transreligioso entre o Islão místico dos sufi, qawwali e músicos ciganos do Rajastão, entrelaçados com poesias devotas em urdu, hebreu e hindi.
Las más macabras de las vidas, de Kikol Grau, Espanha (2016)
A história de Eskorbuto, o grupo de rock que revolucionou a música no início dos anos 1980 e que se tornou numa lenda da contracultura ao Estado espanhol. A partir de imagens de arquivo, de concertos e de declarações dos membros do grupo, de filmes e noticiários da época, vai-se traçando a crónica de um ambiente de preguiça e dor, do qual a raiva de Eskorbuto se tornou emblema de rebeldia.
Confession of the Vanished, Petr Vaclav, França, República Checa (2016)
O filme acompanha o ensaio da ópera Olimpiadewhile, ao mesmo tempo que explora a dramática vida do seu compositor, Josef Myslivecek, uma figura enigmática cujo trabalho e vida são em parte ainda hoje um mistério, mistério este em torno do qual se constrói parte da narrativa do filme. Josef Myslivecek foi contemporâneo, amigo e professor de Wolfgang Amadeus Mozart e é clara a sua influência na obra do grande mestre austríaco.
Fonko, Göran Hugo Olsson, Daniel Jadama, Lars Lovén, Suécia (2016)
A grande revolução musical do nosso tempo está a ter lugar em África. Kuduro, coupé-décalé e ndombolo são estilos de música de dança, baseados em ritmos tradicionais e tornaram-se uma forma de expressão da identidade para toda uma geração. A música, no entanto, é apenas um aspeto de uma mudança dramática que afeta todo o continente, acarretando diminuição de pobreza e maior assimetria de rendimentos, assim como conflitos entre tradição e modernidade. Narrado por Neneh Cherry e Fela Kuti (através de excertos de audio de arquivo). Com: Nneka, Titica, Buraka Som Sistema, Sista Fa, entre muitos outros.
I Am the Blues, Daniel Cross, Canadá ( 2016)
Uma viagem musical pela poesia dos pântanos do Louisiana e pelos pequenos estabelecimentos informais de música, dança, jogos e bebidas do delta do Mississippi, visitando os últimos demónios do blues originais, muitos na casa dos 80, ainda a viver no sul profundo, a trabalhar sem agentes e em digressão. Um maravilhoso registo da geração fundadora de um dos mais importantes estilos de música norte-americana. Com: Bobby Rush, Barbara Lynn, Henry Gray, Carol Fran, Lazy Lester, Bilbo Walker, RL Boyce, Jimmy ‘Duck’ Holmes, Lil Buck Sinegal, LC Ulmer e os seus amigos.
Esto es lo que hay, Léa Rinaldi, França (2015)
O registo do percurso de Los Aldeanos, a banda de hip hop mais conhecida e contestatária de Cuba. Léa Rinaldi traça uma crónica íntima da nova revolução artística em Cuba, no momento de transição do Regime Castrista.