Roteiros
Pombal - um concelho do mar à serra
Esta cidade do centro do país está inevitavelmente associada à figura do Marquês de Pombal, primeiro-ministro do rei D. José, que aqui viveu. Neste roteiro, vamos visitar as memórias do estadista que estão espalhadas por toda a sede de concelho.
O concelho de Pombal está localizado no centro litoral do país, repartido por 13 freguesias, com uma área geográfica de 626,23km2, confrontando com os concelhos de Ansião, Alvaiázere, Ourém, Leiria, Soure e Figueira da Foz.
Está situado num eixo de confluência das principais vias rodoviárias do país, sendo atravessado no eixo norte-sul pela A1, A17, IC2 e no eixo este-oeste pelo IC8. A nível ferroviário, o concelho é abrangido pela Linha do Norte e pela Linha do Oeste.
A cidade de Pombal (sede do concelho) encontra-se a cerca de 150km das cidades de Lisboa e Porto, a 33km de Coimbra, a 26km de Leiria e a 30km da Figueira da Foz.
Para circular na cidade de Pombal poderá utilizar as linhas do PomBus, os mini-autocarros municipais, que asseguram as principais ligações urbanas da cidade.
Pombal
A cidade de Pombal deve a sua formação à construção do castelo, uma das estruturas militares melhor preservadas do país, no morro cimeiro à malha urbana, sendo visíveis alguns dos seus elementos históricos, como a zona antiga, espraiada numa das encostas adjacentes. A sua excelente localização geográfica, bem como a existência de várias vias de comunicação, permitiram que a cidade se desenvolvesse rapidamente, transformando-se assim numa das cidades com maiores índices de crescimento da zona centro do país, possuindo um vasto património histórico e cultural, com belezas naturais e paisagísticas únicas, onde o rural e o urbano se cruzam de forma equilibrada. A cidade é atravessada pelo rio Arunca com algumas zonas frondosas e prazenteiras para passear à beira rio, ligando um vasto conjunto de infrastruturas, desde a zona desportiva, biblioteca, até à central de camionagem e à estação de comboios.
Castelo de Pombal
Edificado no século XII, por Gualdim Pais, Mestre da Ordem do Templo, integrou um conjunto de praças militares destinadas a defender Coimbra. Ampliado no reinado de D. Sancho I, voltou a ser objeto de cuidado régio no reinado de D. Manuel I, beneficiando de melhorias estruturais e de obras de reconstrução nos seus panos de muralhas, das quais se destaca a abertura de nova porta principal, disposta para poente e de uma graciosa janela de linhas manuelinas. Estas profundas alterações deturparam as características de imponente baluarte militar, chegando a ser residência dos alcaides-mores de Pombal. Aquando da 3ª Invasão Francesa, em 1811, foi devastado pelas tropas francesas sendo novamente recuperado e reconstruído em 1940, onde foram encontradas algumas moedas da época romana.
Recentemente sofreu obras de requalificação passando a dispor, no seu exterior, de uma Cafetaria com vista sobre a cidade e, no interior das suas muralhas, de um Posto de Acolhimento Turístico dotado de uma sala multimédia onde poderá assistir aos filmes: A História de um Castelo, retrato histórico em 3D da formação do Castelo de Pombal, e A Lenda do Mouro, filme animado da lenda Al-Pal-Omar.
Informações: Tel.: 236 210 556 | turismo@cm-pombal.pt
Horário: Abril a Setembro: terça a domingo 10h00 - 13h00 | 14h00 - 19h00
Outubro a Março: terça a domingo 10h00 - 13h00 | 14h00 - 17h00
GPS: N 39º 54'49.93" W 8º 37'28.13"
Praça Marquês de Pombal
Situada na zona histórica da cidade, esta praça, outrora denominada como Praça do Comércio, deve o seu nome ao Grande Estadista, Sebastião José de Carvalho e Melo que, entre 1777 e 1782, aqui viveu os seus últimos anos de vida.
Durante séculos foi o centro social, económico e administrativo da antiga Villa de Pombal, local onde também o Conde de Castelo Melhor optou para fixar a sua residência. Dominada pela Igreja Matriz de S. Martinho ligada à paz de que foi obreira a Rainha Santa, esta praça conheceu nova fisionomia com a construção do Celeiro e da Cadeia no sítio do antigo pelourinho, por ordem do Marquês de Pombal. Em frente da Igreja existiam, em 1704, duas casas onde pernoitavam D. Pedro II de Portugal e Carlos III de Espanha (Cf. Carlos VI Imperador Romano-Germânico). Uma dessas casas foi reedificada em 1846, conservando, nessa altura, uma lápide alusiva ao acontecimento.
GPS: N 39º 54'50.43" W 08º 37'39.62"
Igreja Matriz de S. Martinho
De construção antiga, a Igreja Matriz de Pombal foi objeto de nova reedificação em 1520 e profundamente remodelada em 1816 pelo Capitão-mor de Pombal, Jorge Coelho de Vasconcelos Botelho, após a sua devastação cinco anos antes, provocada pelo vandalismo das tropas francesas. O seu exterior apresenta uma arquitetura simples, constratando com a beleza do seu interior. Foi nesta Igreja que em 1323 D. Dinis e seu filho D. Afonso celebraram o juramento público de paz por intermédio da Rainha Santa Isabel, como se pode constatar num grande painel de azulejos modernos fixados sobre o arco triunfal.
Realce também para a Capela lateral de N.ª Sra. da Piedade, espaço construído em 1551 e coberto por abóbada nervurada, tendo no fecho desta um brasão da família Freire Botelho. O destaque artístico concentra-se no seu belo retábulo de pedra policromada, obra renascentista dos meados do século XVI, atribuída ao atelier do escultor francês João de Ruão. Este belo retábulo classicista apresenta episódios escultóricos versando a vida de S. Martinho, de Cristo e de S. João Baptista. Na sua composição plástica são ainda visíveis os bustos de um elegante apostolado.
Horário: 07h30 - 19h30
GPS: N 39º 54'50.43" W 08º 37'39.62"
Museu Marquês de Pombal
Instalado na antiga Cadeia Velha de Pombal, edifício mandado construir pelo Marquês de Pombal em 1776, o Museu teve a sua origem num trabalho de pesquisa, recolha e seleção de um pombalense, o antiquário Manuel Gameiro que doou a coleção à Autarquia, sob a condição de se criar um Museu Municipal. Atendendo ao desejo expresso pelo doador, o Museu abriu ao público, no edifício dos Paços do Concelho, no dia 8 de maio de 1982, no âmbito das comemorações do Bicentenário da morte do estadista Sebastião José de Carvalho e Melo. Em julho de 2004, foi transferido para a Cadeia Velha, na Praça Marquês de Pombal, após obras de remodelação e adaptação do edifício.
Edifício da Cadeia Velha - Praça Marquês de Pombal, 3100-449 Pombal
Informações: Tel.: 236 210 564 | museu@cm-pombal.pt
Horário: terça a domingo 10h00 - 13h00 | 14h00 - 18h00
GPS: N 39º 54'50.43" W 08º 37'39.62"
Museu de Arte Popular Portuguesa
Instalado num edifício pombalino, classificado como Imóvel de Interesse Público, outrora Celeiro, foi mandado construir em 1776 pelo Marquês de Pombal, para armazenar os cereais que vinham da sua quinta, a Quinta da Gramela.
O Museu tem origem numa importante coleção de artesanato, doada à Autarquia e resultante de uma permanente procura e seleção criteriosa de Nelson Lobo Rocha, ao longo de mais de 30 anos de convívio com os próprios artesãos.
Trata-se de uma coleção de arte genuinamente popular que supera pela sua diversidade, qualidade e representatividade da memória de um povo. Conta com um espólio com mais de 2000 peças, provenientes das mais diversas regiões do país.
Centro Cultural de Pombal - Praça Marquês de Pombal, 3100-449 Pombal
Informações: Tel.: 236 210 555 | museu@cm-pombal.pt
Horário: terça a domingo 10h00 - 13h00 | 14h00 - 18h00
GPS: N 39º 54'50.43" W 08º 37'39.62"
Torre do Relógio Velho
Mandada construir por D. Pedro I com o intuito de aqui serem recolhidos em dia de S. Martinho, os tributos/impostos devidos pelos judeus e mouros. Este edifício com características manuelinas situa-se a meio da enconsta do castelo e separava o velho burgo de Pombal, a nascente, em direção ao Castelo, do novo burgo, a poente, em direção ao rio Arunca. Em 1509, durante o reinado de D. Manuel, sofreu obras de beneficiação tendo este mandado colocar-lhe um relógio mecânico e uma sineta, para que o toque das Trindades soasse sempre a horas certas. Este sino marcava o toque matutino e o pôr do sol, indicando a hora de recolhimento dos judeus, impedidos de frequentar a alta cristã da vila durante a noite e assinalando o período em que eles podiam sair da judiaria ou ali receber a visita de cristãos.
Em 2014 sofreu obras de beneficiação, com o intuito de acolher os seus visitantes dando a conhecer a sua história.
Monumento classificado de Interesse Nacional.
Visita mediante marcação em: turismo@cm-pombal.pt
GPS: N 39º 54'48.45" W 8º 37'37.40"
Igreja de Nossa Senhora do Cardal
Mandado construir em cumprimento de um voto pelo Conde de Castelo Melhor, Luís de Vasconcelos e Sousa, no final do século XVII, este monumento de estilo Barroco foi riscado pelo Arquiteto Régio João Antunes. De sólida construção, apresenta uma fachada bem proporcionada e de majestosa imponência. No seu interior concentramos de imediato a nossa atenção no retábulo de pétreas colunas salomónicas, na capela-mor. De realçar ainda o belíssimo retábulo em pedra de Ançã, do renascimento português, atribuído a João de Ruão, originário da destruída Igreja de Santa Maria do Castelo. Tradicionalmente associada às seculares Festas do Bodo e à grandiosa Procissão em Honra de Nossa Senhora do Cardal que atrai anualmente milhares de devotos.
Aqui permaneceu o Marquês de Pombal após a sua morte a 8 de maio de 1782 e até 1856, data em que o terceiro neto o transladou para a Ermida das Mercês, em Lisboa.
Horário: 07h30 - 19h30
GPS: N 39º 54'56" W 8º 37'43.01"
Largo do Cardal
Situado em pleno centro de Pombal, o Largo do Cardal assume-se hoje como um espaço nuclear da cidade. Recentemente, em simultâneo com a Zona Histórica da cidade, foi globalmente reestruturado, no âmbito da Regeneração Urbana, tendo sido objeto de importantes obras de requalificação. Esta intervenção pretendeu garantir uma melhor adequação do seu desenho e das suas funções aos tempos atuais, bem como dar resposta às orientações da legislação contemporânea sobre a mobilidade. Hoje poderá desfrutar de um espaço moderno, mas ao mesmo tempo muito aprazível.
GPS: N 39º 54'57.29" W 8º 37'42.24"
Jardim do Cardal
Situado junto à Igreja do Cardal, aqui podem ser observadas várias espécies arbóreas e arbustivas. Desaque para o Coreto do Cardal, a Pérgula e o Busto do Marquês de Pombal, primeira estátua erigida ao estadista português, e a Casa Cor-de-rosa, obra do arquiteto Ernesto Korrodi. Nas imediações encontra ainda o Chafariz do Jardim, oferecido a Pombal em 1911, hoje monumento classificado.
GPS: N 39º 54'57.29" W 8º 37'42.24"
Jardim da Várzea
Foi neste espaço que, em 1323, foi oferecido um lauto banquete em virtude do juramento público de paz entre D. Dinis e o príncipe D. Afonso IV, celebrado na Igreja Matriz de Pombal, ficando assim perpetuado como Várzea do Bodo.
Recuperado na década de 30, do século passado, por intermédio do arquiteto paisagista Jacinto de Matos, assumiu a beleza e proporções qua ainda hoje podemos admirar. Além de um fontanário de base quadrangular com uma curiosa arquitetura e decoração em azulejos, possui vários canteiros de ervas aromáticas.
GPS: N 39º 55'2.38" W 8º 37'42.10"
Jardim do Vale
Situado na Avenida Heróis do Ultramar, foi inaugurado no Dia do Município, a 11 de novembro de 2003, enriquecendo os espaços verdes da cidade com uma zona bastante aprazível. Numa área de oito mil m2 encontra-se um Bosque Pedagógico com mais de 50 espécies de árvores e arbustos autóctones e ornamentais, identificadas com informações relativas à espécie, nome vulgar e nome científico. Dispõe de um parque de atividades sénior e de um campo de relvado sintético.
GPS: N 39º 55'7.18" W 8º 37'7.59"
Jardim do Arunca
A partir da Zona Desportiva de Pombal, este jardim acompanha o rio Arunca até à Ponte D. Maria I, edificada entre 1793 e 1795, com o intuito de dar continuidade à Estrada Real que ligava Lisboa ao Porto. Este passeio ribeirinho dispõe de uma ciclovia e de mesas para desfrutar do sossego que o local proporciona.
GPS: N 39º 54'46.18" W 8º 37'45.55"
Jardim das Cegonhas
Este renovado espaço verde encontra-se à beira do rio Arunca, próximo do IC2 e numa zona de saída da cidade. Aqui permanecem as chaminés de uma das maiores indústrias resineiras do país.
GPS: N 39º 55'1.60" W 08º 37'58.08"