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Elvas vai acolher festival dedicado à arte contemporânea
A arte contemporânea vai "invadir" igrejas, espaços públicos, associações desportivas e culturais de Elvas, no decorrer da edição "zero" do "Festival A Salto", que reúne trabalhos de cerca de 30 artistas.
Esta iniciativa, promovida pela Associação Cultural Umcoletivo, vai decorrer nos dias 29 a 31 deste mês, sendo este festival definido pelos promotores como uma "tomada artística" à cidade de Elvas, com uma série de espaços não convencionais, como pano de fundo.
"Há muitos espaços em Elvas que têm um valor patrimonial muito rico, mas estão a cair em desuso e, uma das funções desta proposta artística, passa por revitalizar o que está de alguma forma esquecido", explicou Cátia Terrinca, da Associação Cultural Umcoletivo, em declarações à agência Lusa.
De acordo com a responsável da associação, que está sediada em Elvas há cerca de um ano, este festival vai contar com apontamentos de artes 'perfomativas', 'videoart', artes plásticas, a exibição de um filme com música ao vivo, exposições de desenho, teatro, 'workshops' de escrita, entre outras iniciativas.
Os cerca de trinta artistas que vão partilhar, com a população, os seus projetos artísticos, vão ainda desafiar os habitantes de Elvas a fazer parte de 'workshops', cujos resultados serão inseridos na curadoria do evento.
A organização acrescenta que o objetivo primordial do festival passa por "ampliar", em Elvas, a oferta de expressões artísticas 'performativas', de cariz contemporâneo, "facilitando" o seu entendimento para "promover" a sua procura no futuro.
A Associação Cultural Umcoletivo explica ainda que, em finais de 2015, decidiu dedicar-se a este projeto na cidade de Elvas, como forma de "apoiar a descentralização" da cultura contemporânea concentrada nas grandes urbes, e como forma de "oportunidade" para o desenvolvimento artístico sustentável.
Para a associação, Elvas "não é somente" uma cidade no Alentejo, mas sim uma "cidade do mundo", uma vez que está classificada como Património da Humanidade pela UNESCO, além de ainda estar envolvida num projeto de 'eurocidade' com Campo Maior e Badajoz (Espanha).
Nesse sentido, a associação considera que a sua posição fronteiriça "privilegiada" pode ser sinónimo de "polivalência e capacidade de abraçar a Europa", tendo desta forma a cidade de Elvas "legitimidade e requisitos", para reconhecer e perfilhar o mundo global.
in Diário de Notícias | 11 de julho de 2016
no âmbito da parceria Centro Nacional de Cultura | Diário de Notícias