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Comemorar 25 anos do Jazz no Parque com várias estreias

Até dia 17 assinala-se no Parque de Serralves, no Porto, os 25 anos do ciclo Jazz no Parque.

 

Rui Eduardo Paes, o atual programador do Jazz no Parque, esclarece desde logo ao DN como este ciclo de concertos não tem a mesma dimensão que outros festivais de jazz do país. O que não o impede de ser um marco importante no panorama nacional, e em particular no Porto. "Numa cidade onde não existe um grande festival de jazz e a programação nesta área não tem muita visibilidade pública, o ciclo de jazz de Serralves ganhou uma importância única", refere. Desde domingo comemoram-se os 25 anos do Jazz no Parque. As estreias são o prato forte.

No último dia, o RED Trio apresentar-se-á em formato elétrico e pela primeira vez ao lado do guitarrista Raoul Bjorkenheim. No mesmo dia, os Slow Is Possible mostram o projeto Hunting Weather, "propositadamente concebido para o Jazz no Parque", lembra o programador. No dia 10, domingo, o músico Nani García apresentará pela primeira vez em Portugal o projeto Cinematojazzia.

Esta tem sido uma das preocupações de Rui Eduardo Paes quando programa: conseguir levar ao festival propostas únicas. Tenta, desta forma, "procurar que os concertos do Jazz no Parque constituam uma oferta única, e que não sejam apenas um ponto de paragem em digressões nacionais ou europeias dos grupos. No seguimento dessa ideia, incluo nos cartazes formações sugeridas aos músicos por mim mesmo e que antes não existiam, ou peço às formações que criem um projeto específico para Serralves".

Existem duas linhas de força que caracterizam a programação do Jazz no Parque: "Por um lado, incluir projetos que se caracterizam pela sua liberdade formal, como são os casos do trio inédito de Ivo Perelman, Marcio Mattos e António Panda Gianfratti [que atuaram a 3 de julho] e do RED Trio com Raoul Bjorkenheim [dia 17] como convidado especial. Por outro, apresentar músicas que tenham dimensão cinemática, num caso, o dos Slow is Possible [dia 17], porque tal particularidade faz parte da identidade musical do grupo, e no outro porque o projeto Cinematojazzia de Nani García [dia 10] junta numa só as duas vertentes da sua atividade, a de pianista de jazz e a de compositor para cinema."

Programador desde 2014, Rui Eduardo Paes foi acompanhando de perto os 25 anos de história do Jazz no Parque. "Lembro-me, há 20 anos, de um concerto de Carlos Zíngaro com o infelizmente já desaparecido Tom Cora e com Roger Turner e que foi deslumbrante. No fim havia raparigas a pedir aos músicos que lhes autografassem as T-shirts. Parecia que estávamos num concerto de rock."

Entretanto já está a germinar o próximo ano: "Para a edição de 2017 tenho já um outro mote, levar para o palco formações que juntem músicos de outros países e músicos portugueses. Esse é um tipo de colaboração que deve ser cada vez mais explorado."


por João Moço, in Diário de Notícias | 5 de julho de 2016

no âmbito da parceria Centro Nacional de Cultura | Diário de Notícias 

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