Notícias
Morreu o ator Camilo de Oliveira
Foi uma das grandes figuras da comédia em Portugal. Tinha 91 anos.
O ator Camilo de Oliveira morreu no sábado à noite, aos 91 anos, informou à Lusa fonte da família.
Segundo fonte familiar, Camilo de Oliveira, que dedicou a sua vida à comédia portuguesa, morreu no sábado às 20h10 em Lisboa. De acordo com a mesma fonte, está prevista uma cerimónia na Basílica da Estrela na terça-feira.
Segundo a SIC, canal que passou uma parte importante da sua carreira, o ator estava internado nos cuidados paliativos há algum tempo. Lutava contra dois cancros, um na próstata e outro nos intestinos.
Natural da Figueira da Foz, Camilo era um homem do palco literalmente desde que nascera, a 23 de Julho de 1924. O parto aconteceu nos camarins do teatro do Grupo Caras Direitas, em Buarcos, que pertencia à avó e onde a mãe representava uma peça. Foi depois com nove anos que começou a carreira de ator, ainda na companhia itinerante da família. Mais tarde trocou a Figueira da Foz por Lisboa e estreou-se no teatro de revista em 1951 com Lisboa é Coisa Boa.
Já era muito conhecido como ator de revista, mas a televisão tornou-o ainda mais popular. Entre 1995 e 2009 foi protagonista em sete séries de comédia, nas quais a sua personagem se confundia com ele próprio, sendo sempre apenas "Camilo". A SIC apresentou Camilo & Filho, em 95, As Aventuras de Camilo, dois anos depois, Camilo na Prisão, em 98, A Loja de Camilo, no ano seguinte. Em 2002 foi na RTP1 que surgiu Camilo, o Pendura, mas em 2005 e 2006 regressou à SIC com Camilo em Sarilhos e Camilo, o Presidente, em 2009/2010.
A partir de 2012 aparece mais esporadicamente em programas televisivos e inicia uma luta contra o cancro, que o obriga a retirar-se. Durante a sua longa carreira, que inclui 47 revistas à portuguesa, contracenou com grandes nomes do teatro como Beatriz Costa, Raul Solnado, Vasco Santana e Ribeirinho.
O ator tinha-se afastado definitivamente da televisão e do teatro em 2015.
por LUSA, in Público | 3 de julho de 2016
Notícia no âmbito da parceria Centro Nacional de Cultura | Jornal Público