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FBAC lembra sócios fundadores da Bienal de Cerveira

Três salas, três grandes ícones das artes plásticas em Portugal. Henrique Silva (1933), Jaime Isidoro (1924-2009) e José Rodrigues (1936), sócios fundadores da Bienal de Cerveira, dão nome a três espaços expositivos do Fórum Cultural.

No total, são mais de meia centena de obras, entre pintura, escultura, vídeo e fotografia, que apresentam o percurso artístico destes que foram os impulsionadores das Bienais de Arte de Cerveira. 

Após quase quatro décadas de existência, a Bienal de Arte de Cerveira detém um passado histórico do qual fazem parte os nomes Jaime Isidoro, José Rodrigues e Henrique Silva, como os grandes impulsionadores desta manifestação artística, que é hoje uma marca com notoriedade nacional e internacional.

Segundo Cabral Pinto, coordenador artístico e de produção da Fundação Bienal de Arte de Cerveira (FBAC), as salas de exposição permanentes com o nome e obras destes três artistas “homenageiam aqueles que mais contribuíram para a descentralização cultural e artística que, no Alto Minho, tem mobilizado a participação ativa de artistas portugueses e estrangeiros”.

 

Jaime Isidoro, considerado o ‘pai’ das Bienais de Arte de Cerveira, foi diretor artístico de 6 edições do evento. Estudou desenho e pintura na Escola Soares dos Reis (Porto), tendo exposto individualmente pela primeira vez em 1945. Em paralelo com a carreira de pintor, foi também animador cultural, galerista e professor, estando diretamente ligado a momentos marcantes das artes plásticas no país. Promoveu os Encontros Internacionais de Arte na década de 1970 e editou a Revista de Artes Plásticas, que contou com a colaboração de críticos e artistas portugueses de relevo, demonstrando um interesse particular pela concretização de projetos culturais inovadores. Foi fundador da Academia Dominguez Alvarez (com António Sampaio; 1954), entidade que organiza a 1ª Bienal de Arte de Cerveira, em 1978.

 

José Rodrigues realizou os seus estudos artísticos na Escola Superior de Belas-Artes do Porto, onde concluiu o curso de Escultura (1963). Em 1968, com os colegas Ângelo de Sousa, Armando Alves e Jorge Pinheiro, que com ele terminaram o curso com a classificação máxima, formou o grupo ‘Os Quatro Vintes’. Foi um dos fundadores da Cooperativa Cultural Árvore, no Porto, e um dos promotores da Bienal de Arte de Cerveira, tendo sido diretor geral da 6.ª edição (1988). Desde 1964 que expõe individualmente em diversas cidades no país e no estrangeiro. Além da escultura dedica-se igualmente a outras expressões artísticas. Faz ilustração para livros de escritores e poetas como Eugénio de Andrade, Jorge de Sena, Vasco Graça Moura. Produz cerâmica e medalhística. É um dos maiores nomes das artes plásticas portuguesas.

 

Henrique Silva foi diretor das Bienais de Cerveira entre 1995 e 2007. Em dezembro de 2013 foi nomeado vice-presidente da FBAC e coordenador cultural, tendo também assumido funções de diretor artístico da XVIII Bienal de Cerveira (2015). Atualmente é Presidente Interino do Conselho de Fundadores desta Instituição. Henrique Silva foi diretor executivo da Cooperativa Árvore (1978-1996) e da Associação Projeto, N. D. Cultural (1995-2007). Licenciou-se pela Universitée de Paris VIII em Artes Plásticas para o Ensino (1977). Expõe regularmente desde 1958. Dirige o curso de Artes Plásticas e Multimédia na Escola Superior Gallaecia desde 2010 e é Doutorado pela Universidade Aberta e Universidade do Algarve (2016).

 

Cultivando e estimulando a criatividade da região, a Bienal de Arte de Cerveira tem vindo a atrair o público a um ritmo crescente e a alargar a sua incidência geográfica ao promover exposições em espaços culturais localizados noutros concelhos do Vale do Minho e da Galiza. 

As visitas às exposições são feitas por marcação (geral@bienaldecerveira.pt) de segunda a sábado (10h00-12h30 | 14h30-19h00).

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