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Feira do Livro de Lisboa está a chegar
A 86.ª Feira do Livro de Lisboa, no parque Eduardo VII, abre na próxima quinta-feira, com mais participantes inscritos, "um número recorde de 277 pavilhões" e uma aplicação móvel.
Entre as novidades deste ano, Pedro Pereira da Silva, diretor técnico da Feira, uma organização da Associação Portuguesa de Editores e Livreiros (APEL), destacou a criação de uma aplicação móvel "Feira do Livro de Lisboa", disponível para Android e iOS. Esta aplicação gratuita permite ao utilizador aceder ao mapa do certame, pesquisar autores, títulos e a sua disponibilidade por editor, saber os autores presentes, apresentações de livros e os "livros do dia".
No âmbito das novas tecnologias a Feira poderá ser acompanhada através da "Snapchat", uma rede social que permite enviar fotos e, "aos visitantes, aceder aos momentos de maior destaque", disse o responsável técnico.
A feira pode ser seguida na Internet através do "site" -www.feiradolivrodelisboa.pt -, na rede social "facebook" e no "instagram".
O presidente da APEL, João Amaral, anunciou "com grande satisfação" o regresso do Brasil, com um pavilhão, seis anos depois da última presença daquele país, no certame.
João Amaral revelou que a Feira irá ser visitada por editores estrangeiros, numa iniciativa do Ministério dos Negócios Estrangeiros e da Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP).
A ideia, explicou João Amaral, é que os editores estrangeiros possam comprar em Lisboa os direitos dos livros de autores nacionais "e não serem só os editores portugueses a irem vendê-los às Feiras do Livro de Frankfurt ou Londres".
"É uma experiência que os editores aplaudem", disse, acrescentando que os convites foram feitos através das embaixadas de Portugal, e este ano são aguardados editores e agentes literários ingleses e alemães.
A "Hora H", que permite comprar livros fora dos 18 meses do preço fixo, com o mínimo de 50% de desconto, volta a acontecer na última hora da Feira -- entre as 22:00 e as 23:00 --, a partir do próximo dia 30, e tem, este ano, uma adesão de 80% dos participantes, disse Pedro Pereira da Silva.
Outra iniciativa que regressa é "Acampar com histórias", destinada a crianças entre os oito e os dez anos, que vão acampar uma noite na Estufa Fria, mas as inscrições "estão já esgotadas", disse Pereira da Silva.
Estão previstas oito noites com grupos de 20 crianças.
Este ano não haverá voluntários, mas, dos grupos de voluntariado das edições anteriores, foram selecionados seis colaboradores que trabalharão a tempo inteiro.
Quanto a números, o orçamento estimado da Feira é de 800 mil euros, sem IVA, e a participação da Câmara Municipal de Lisboa foi de 108 mil euros, revelou o secretário-geral da APEL, Bruno Pacheco.
É expectativa da APEL que o número de visitantes ultrapasse o meio milhão de anos anteriores. "No ano passado registou-se uma ligeira descida", disse Bruno Pacheco.
A feira, que é inaugurada oficialmente na quinta-feira, às 15h00, pelo Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, e encerra no dia 13 de junho.
Os horários e visita são de segunda a quinta-feira das 12h30 às 23h00. Às sextas-feiras e no dia 9 de junho (véspera de feriado nacional), é das 12h30 às 24h00. Nos sábados e nos dias 10 e 12 de junho, das 11h00 às 24h00. Nos domingos e nos feriados 26 de maio (corpo de Deus) e 13 de junho (municipal), das 11h00 às 23h00.
in Rádio Renascença | 24 de maio de 2016
no âmbito da parceria Centro Nacional de Cultura | Rádio Renascença