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EDP lança Bolsa Manoel de Oliveira para jovens cineastas
No valor de 50 mil euros, a bolsa é destinada a estudantes portugueses de cinema ou artes audiovisuais.
A EDP abriu esta quarta-feira as candidaturas a uma bolsa de criação cinematográfica com o nome de Manoel de Oliveira. No valor de 50 mil euros, a bolsa é endereçada a jovens estudantes portugueses de cinema ou artes audiovisuais, e destina-se “exclusivamente a financiar custos de formação e especialização na área do cinema, produção, direção e realização”, diz a empresa, em comunicado.
Os candidatos interessados deverão apresentar, até ao próximo dia 18 de julho, um filme original, documentário ou ficção, em formato vídeo. Os trabalhos serão depois avaliados por um júri formado por personalidades ligadas ao cinema e à EDP. A empresa reserva para mais tarde a decisão sobre se a bolsa irá ou não ter periodicidade anual.
No comunicado em que anuncia a nova Bolsa EDP Manoel de Oliveira, a empresa especifica que “os critérios de avaliação respeitarão a liberdade criativa, estando no entanto prevista uma majoração para filmes ou documentários que prossigam o estilo neo-realista, designadamente que utilizem cenários reais e atores não profissionais, aproximando-se assim do universo estilístico de Manoel de Oliveira”.
Com o lançamento desta iniciativa, a EDP propõe-se homenagear o realizador portuense e dar sequência ao compromisso assumido no ano passado, quando, poucas semanas após a morte do autor de Aniki-Bóbó, lançou a campanha publicitária Um Século de Energia através de um filme cuja realização contara ainda com a orientação do cineasta.
Na base desse filme-anúncio – o único trabalho publicitário a que o realizador aceitou dar o seu nome – esteve uma das suas primeiras curtas-metragens, Hulha Branca, realizada em 1932 sobre a inauguração da Central Hidro-elétrica do Ermal, no Rio Ave, uma empresa fundada pelo seu pai, Francisco José Oliveira, que foi um pioneiro na exploração das potencialidades da energia elétrica no país.
in jornal Público | 19 de maio de 2016
no âmbito da parceria Centro Nacional de Cultura | Público