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As cores de Branca
Guionista para televisão e autora de dezenas de textos para teatro, Lara Morgado publica segundo romance.
A 14 de abril, chega às livrarias As cores de Branca, segundo romance de Lara Morgado e o primeiro na Porto Editora. Esta obra, que confirma a guionista e dramaturga como romancista emergente, retrata a vida de Branca Galvão, a única sobrevivente de uma tragédia que marcou a pequena vila em que habita.
As cores de Branca tem como ponto de partida a demanda de António Galvão por um filho varão, sistematicamente contrariada pelo destino, que lhe oferece sete meninas.
Apesar de jovem, Lara Morgado escreveu e encenou dezenas de peças de teatro, apresentadas em todo o país. É também autora e guionista da série Dentro, com estreia na RTP 1 em 2016.
Este romance é lançado no Porto, na livraria Bertrand do Shopping Cidade do Porto, a 30 de abril, às 19:00.
O ENREDO
António Galvão, o homem mais importante de uma pequena vila do interior, decide dar o mesmo nome a todas as filhas. Elas eram apenas a espera, o desgosto, o antes, as vidas que apenas existiam para que o homem chegasse. Mas a natureza não colaborou com os seus planos e António viu nascer sete Brancas.
Uma macabra tragédia abate-se sobre a família Galvão e um inesperado fenómeno começa a ser construído naquela pequena localidade. Da palidez do nome daquelas meninas, da ferida de toda a insignificância daquelas irmãs nasce uma revolução sem precedentes que deixará Galvão, para sempre, na história dos homens.
A AUTORA
Lara Morgado nasceu em 1981, no Porto.
Licenciada em Psicologia, desde cedo se dedicou à escrita literária. No ano 2000, fundou o grupo de teatro X-Acto e, desde então, assinou a dramaturgia e encenação de dezenas de peças de teatro, apresentadas em salas de espetáculos de todo o país.
Em 2012, lançou o seu primeiro livro, Por Acaso - casos de vida casos de morte, e, em 2013, o romance Sete Minutos.
Participou ainda em vários projetos televisivos, sendo autora e guionista da série Dentro, com estreia na RTP1 em 2016.
EXCERTO
Quando a sexta filha nasceu, António desmaiou. Teve uma quebra de tensão e ficou internado no hospital para observação. A mãe Branca apenas pestanejou, virou a cara para o lado e continuou com o seu múmico silêncio.
António ponderou a hipótese de se tratar de um castigo divino. Só podia ser. Pensou no seu comportamento, na forma como se distanciara das filhas, na frase que a primeira Branca lhe dissera no dia do funeral do pai, e pareceu-lhe evidente. Seis filhas? Era castigo e pela mão de Deus.
Quando a sétima filha nasceu, António partiu a casa inteira.
Irene acorreu ao seu desgosto e ele chorou durante duas horas no colo da mãe. A expressão da mãe Branca permaneceu inalterada. Virou a cara para o lado e nem uma lágrima lhe escorreu dos olhos ressequidos.
Títulos: As cores de Branca
Autora: Lara Morgado
Págs.: 224
Capa: mole
PVP: 15,50 €