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José Pedro Croft vai representar Portugal na Bienal de Veneza

O nome do escultor acaba de ser anunciado no Porto. A sua obra explora desequilíbrio e desconstrução.

O artista em 2014 [Nuno Ferreira Santos]
O artista plástico José Pedro Croft vai representar Portugal na próxima Bienal de Veneza, que terá lugar em 2017.

O nome do escultor acaba de ser anunciado em conferência de imprensa esta segunda-feira na livraria Circo de Ideias, no Porto. Os comissários são João Pinharanda e Roberto Cremascoli. Este último é também comissário da representação portuguesa na Bienal de Arquitetura de Veneza, juntamente com Nuno Grande, onde Portugal mostrará o trabalho do arquiteto Álvaro Siza.

Croft vai fazer duas peças, uma delas será uma fonte para uma praça do complexo de habitação social que o arquiteto português fez para a ilha da Giudecca, em Veneza, na década de 1980, e que agora vai ser finalizado após vários anos de paragem. A segunda peça será uma instalação efémera que ficará patente durante a bienal. O artista, que nasceu no Porto em 1957, vive e trabalha em Lisboa e faz parte da geração de Pedro Cabrita Reis, Pedro Calapez e Ana Léon.

No final de 2014, o artista foi objeto de uma importante exposição intitulada Objectos Imediatos, dividida em duas partes (uma na Fundação Carmona e Costa, outra na Cordoaria Nacional, ambas em Lisboa), com comissariado de Delfim Sardo. Nuno Crespo, crítico de artes plásticas do PÚBLICO, considerou-a um dos acontecimentos desse ano.

Na crítica que fez a essa exposição, Nuno Crespo escreveu que, "ao equilíbrio e reificação da forma artística, Croft contrapõe a instabilidade como vocação das suas obras". "Uma instabilidade tornada processo e método e que é visível na utilização indiferenciada de materiais — mármore, ferro, vidro, madeira, gesso —, na articulação com objetos terrestres — cadeiras, portas, pianos — e, por fim, na importante inclusão do reflexo como matéria formadora dos volumes escultóricos — espelhos e vidros." Elementos, continua o crítico, que desenvolvem novas formas, espacialidades, volumetrias, sensibilidades e, claro, experiências. Uma obra que aqui explora "desequilíbrio, precariedade e inacabamento".

Croft sucede a João Louro, cuja obra representou Portugal na edição da bienal do ano passado.

 


 

por Sérgio C. Andrade, in Público | 21 de março de 2015
Notícia no âmbito da parceria Centro Nacional de Cultura | Jornal Público

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