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ANUNCIADOS OS "7 SITIOS MAIS AMEAÇADOS" 2016
Da primeira seleção constava o Palácio de Valflores em Santa Iria da Azóia
O Sitio Arqueológico de Ererouyk e a Aldeia Ani Pemza na Arménia, a Fortaleza de Patarei em Tallin, na Estónia, o Aeroporto de Helsinki-Malmi, na Finlândia, a Ponte Colbert em Dieppe, França,o Kampos de Chios, na Grécia, o Convento de Santo António de Pádua, na região da Extremadura, em Espanha e a Cidade Antiga de Hasankeyf e Arredores, na Turquia foram os monumentos e sítios escolhidos como os “7 mais ameaçados” 2016.
O anúncio foi feito, tal como previsto, a 16 de Março, em Veneza, pela Europa Nostra, principal organização europeia do património, representada em Portugal pelo Centro Nacional de Cultura, e pelo European Investment Bank Institute.
Os monumentos e sítios agora divulgados foram escolhidos para o programa ‘Os 7 mais ameaçados’ 2016, a partir de um conjunto de 14, que incluiam sítios arqueológicos, edifícios públicos, residenciais e religiosos, uma ponte, um aeroporto e, até, a Lagoa de Veneza, localizados em 14 países, previamente selecionados por um painel internacional, composto por reputados peritos.
Dessa primeira seleção, tornada pública no final do ano passado, constava o Palácio de Valflores em Santa Iria da Azóia, concelho de Loures, construído no século XVI e considerado um exemplo da arquitetura residencial renascentista em Portugal, candidatado pelo Centro Nacional de Cultura. Apesar da classificação como Imóvel de Interesse Público, o palácio, propriedade da Câmara de Loures, "encontra-se em avançado estado de degradação e corre o risco de colapso", indicava a organização, em dezembro, aconselhando uma "intervenção prioritária" a "concentrar-se na estabilização e consolidação do edifício, a fim de travar a sua deterioração".
O programa ‘Os 7 mais ameaçados’ foi lançado em janeiro de 2013 pela Europa Nostra em conjunto com o Instituto do Banco Europeu de Investimento, parceiro fundador, e o Banco de Desenvolvimento do Conselho da Europa, parceiro associado. Foi inspirado num programa de sucesso gerido pelo Fundo Nacional para a Preservação Histórica sediado nos EUA. ‘Os 7 mais ameaçados’ não é um programa de financiamento. Pretende servir como catalizador da ação e promover o “poder do exemplo”. ‘Os 7 mais ameaçados’ conta com o apoio do programa Europa Creativa da União Europeia, no âmbito do projecto de rede da Europa Nostra ‘Mainstreaming Heritage’.
Porque os 14 monumentos e sítios foram escolhidos tendo em conta o seu valor patrimonial e cultural, bem como a grave situação de risco em que se encontram, a Europa Nostra e o Instituto do Banco Europeu de Investimento manifestaram abertura para acompanhar Portugal na recuperação do Palácio de Valflores, apesar deste não ser um dos escolhidos para os 7 mais em perigo.
Portugal foi já selecionado nas duas edições anteriores do programa “7 mais ameaçados”, tendo contado com o apoio da Europa Nostra e do European Investment Bank Institute para a recuperação da Igreja do Convento de Jesus, em Setubal (2013), e dos carrilhões do Convento de Mafra (2014).