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O Nome Daquele que não tem Nome
Jorge Sousa Braga reúne 63 poemas do poeta indiano medieval.
A Assírio & Alvim publica a 10 de março O Nome Daquele que Não Tem Nome, uma antologia de poemas de Kabir, selecionados e traduzidos por Jorge Sousa Braga.
oeta místico da época medieval, foi traduzido pela primeira vez para uma língua ocidental só em 1914, por Tagore, e muitas das traduções destes poemas surgem precisamente dessas versões. Como diz Sousa Braga na introdução: «Essa tradução encontrou eco de imediato em Yeats e em muitos outros poetas. Não será alheio ao sucesso que esses poemas encontraram no ocidente, o facto de terem sido traduzidos por um poeta com a qualidade de Tagore. As Songs of Kabir serviram de base (e continuam a servir) para outras traduções e recriações nas mais diversas línguas (entre elas as de Robert Bly, André Gide e Czeslaw Milosz). Também Ezra Pound sucumbiu ao encanto de Kabir.»
Essa palavra secreta
alguma vez poderei pronunciá-la?
Se digo que está em mim
é o escândalo
Minto
se digo que está fora de mim
Ele não se revela nem deixa de se revelar
Não há palavras para o definir
Sobre o Autor
Pouco se sabe sobre a vida de Kabir, para além do que deixam adivinhar os seus poemas, as hagiografias e as lendas. Terá vivido em Varanasi (Benares), o mais sagrado dos lugares sagrados hindus e simultaneamente um centro de comércio e peregrinação, na primeira metade do século XV. Nascido de uma viúva brâmane e adotado por uma família da casta dos tecelões, convertida à fé islâmica, Kabir revela nos seus poemas um profundo conhecimento quer do hinduísmo quer do islamismo (e dentro deste do sufismo). De Varanasi, uma cidade que prometia a salvação a todos os que nela morressem, ter-se-á retirado no fim da vida para uma obscura cidade chamada Magahar. A vida de Kabir confunde-se com a lenda. Desses episódios lendários da vida de Kabir há especialmente dois que gostaria que tivessem sido reais: o primeiro é o do encontro entre Kabir e Mirabai. O segundo tem a ver com a sua morte: hindus e muçulmanos teriam disputado o seu corpo, uns para cremá-lo, outros para enterrá-lo. Quando abriram o caixão, o que restava de Kabir era uma coroa de flores, que hindus e muçulmanos dividiram entre si.
Título: O Nome Daquele que não tem Nome
Autor: Kabir
Versões de: Jorge Sousa Braga
N.º de Páginas: 96
PVP: 7,70 €
Coleção: Gato Maltês