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Criar Lisboa | Projetos Artísticos para Miradouros
Um painel de azulejos parabólico, uma câmara escura à escala humana e um instrumento musical que converte os impulsos sonoros em luz são os três projetos artísticos selecionados no open call Criar Lisboa.
Este ano, a EGEAC desafiou todos os cidadãos a criar projetos artísticos nos Miradouros de Santo Amaro, do Monte Agudo e do Largo das Necessidades. Os três lugares oferecem uma perceção da «cidade alargada»: por um lado, os bairros, os recantos e as colinas de Lisboa; por outro, o rio e a Ponte 25 de Abril, que celebra em 2016 o seu 50.º aniversário.
Em resposta ao open call, foram submetidas 119 propostas, das mais diversas áreas artísticas, mas com uma predominância nas artes visuais e instalações.
Foram três os projetos artísticos selecionados, que serão produzidos e apresentados ao público no mês de junho, no âmbito das Festas de Lisboa’16:
Pavilhão, de Pedrita e Ricardo Jacinto – Miradouro de Santo Amaro
Instalação de um painel de azulejos parabólico, baseado numa imagem espectrográfica da textura sonora da ponte 25 de Abril, que decomposto em 2816 fragmentos funcionará com um espelho acústico e permitirá ao visitante focar a experiência daquela paisagem.
Miratron, de Luís Varatojo – Miradouro do Monte Agudo
Instrumento musical concebido para tocar em locais elevados e de largo horizonte, que pode produzir uma imensa variedade de sons inspirados pela panorâmica ou tocar um repertório de música eletrónica original imaginada para o pôr do sol. Converte os impulsos sonoros em luz transformando o miradouro numa inusitada pista de dança.
Escópio, de Fernando Estevens e Marta Miguel – Miradouro do Largo das Necessidades
Instalação de uma câmara escura à escala humana no miradouro onde o espectador é convidado a entrar. A paisagem que é apresentada e projetada pelo Escópio provocará no espectador a sensação de estar diante, não de uma imagem, mas da realidade que ela simula.
O júri responsável pela seleção dos projetos vencedores foi composto por João Paulo Feliciano (músico e artista plástico), José Mateus (presidente da Trienal de Arquitetura de Lisboa) e Paula Nunes (EGEAC).