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Arquiteto chileno Alejandro Aravena ganha prémio Pritzker

O arquiteto chileno Alejandro Aravena venceu o Prémio Pritzker, considerado o mais importante da arquitetura, foi esta quarta-feira anunciado. Diretor da bienal de arquitetura de Veneza 2016, Alejandro Aravena tem 48 anos e é a primeira figura da arquitetura chilena a receber este galardão.

Para o júri, Alejandro Aravena é um arquiteto "inovador e inspirador", que demonstra como a arquitetura pode melhorar a vida das pessoas. O trabalho arquitetónico dele representa uma "oportunidade económica para os menos privilegiados, atenua os efeitos dos desastres naturais, reduz o consumo energético e providencia o bem-estar no espaço público", sublinha o júri em comunicado.

Alejandro Aravena pratica uma arquitetura que, em diferentes escalas, do domínio privado às obras públicas, "conjuga com habilidade a responsabilidade social e as necessidades económicas", sem descurar "a importância da poesia e o poder de comunicação da arquitetura".

No comunicado oficial da organização, surge ainda uma reação de Alejandro Aravena, que sublinha que "nenhuma conquista é individual", porque a arquitetura "é uma disciplina coletiva".

Alejandro Aravena é, desde 2001, o diretor executivo de um coletivo denominado ELEMENTAL, centrado em projetos arquitetónicos de interesse público e com impacto social.

Entre os projetos arquitetónicos com a assinatura de Alejandro Aravena contam-se as faculdades de Medicina, Arquitetura e Matemática, da Universidade Católica de Santiago do Chile, onde vive, sendo edifícios marcados pela eficiência energética que têm em conta as especificidades climatéricas locais.

Aravena, com Álvaro Siza Vieira e Eduardo Souto de Moura, fez parte da exposição coletiva "Metamorphosis", da ExperimentaDesign 2013, que esteve patente no Mosteiro dos Jerónimos, em Lisboa. O arquiteto chileno foi igualmente anunciado como um dos conferencistas da edição de 2009, da bienal de design de Lisboa.

O prémio Pritzker, o mais importante na área da arquitetura, é atribuído desde 1979 pela Fundação Hyatt, da responsabilidade da família Pritzker, para agraciar um arquiteto cuja obra demonstre talento, beleza e que contribua para o desenvolvimento da Humanidade.

Na história do Pritzker, a arquitetura portuguesa foi por duas vezes reconhecida, quando o prémio foi atribuído, em 1992, a Álvaro Siza Vieira e, em 2011, a Eduardo Souto de Moura.

Os brasileiros Óscar Niemeyer e Paulo Mendes da Rocha, a iraquiana Zaha Hadid, o italiano Renzo Piano e o norte-americano Frank Gehry também já foram distinguidos com o Prémio Pritzker. Em 2015, o vencedor do prémio foi o arquiteto alemão Frei Otto.

O prémio tem um valor monetário de cerca de 92.000 euros.

Este ano, o júri do Pritzker, presidido por Peter Palumbo, contou com Stephen Breyer, Yung Ho Chang, Kristin Feireiss, Glenn Murcutt, Richard Rogers, Benedetta Tagliabue e Ratan N. Tata.


in Diário de Notícias | 13 de janeiro de 2016

Notícia no âmbito da parceria Centro Nacional de Cultura | Jornal Diário de Notícias 

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