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"A Origem das Espécies", de Darwin, eleito o livro académico mais influente
Entre 20 livros, a obra de Darwin recebeu 26 % dos votos.
O busto de Charles Darwin e a sua obra no Museu de História Natural em Londres [AFP/SHAUN CURRY]
A Origem das Espécies, de Charles Darwin, foi eleito o livro académico mais influente de sempre. A votação, feita no Reino Unido no âmbito da primeira edição do Academic Book Week, reunia um total de vinte livros e incluía obras de pensadores como Platão e Kant.
A Origem das Espécies (1859), obra que traça a teoria da evolução, recebeu 26 % dos votos, segundo a organização. A lista foi feita por um grupo de livreiros especializados em livros académicos, bibliotecários e editores, e foi depois votada online pelo público para eleger o livro mais influente. A iniciativa lançou a Academic Book Week, um evento dedicado aos livros académicos, promovido no Reino Unido, que começou a 9 de Novembro e termina no dia 16 do mesmo mês.
Andrew Prescott, um professor da Universidade de Glasgow citado pelo diário britânico The Guardian, descreve a obra de Darwin como “a desmonstração suprema do motivo pelo qual os livros académicos importam". "Darwin recorreu à observação meticulosa do mundo que nos rodeia e combinou-a com uma reflexão prolongada e profunda, criando um livro que mudou a forma como pensamos sobre tudo – não só o mundo natural, mas também a religião, a história e a sociedade."
A segunda obra mais votada foi O Manifesto Comunista (1848), de Karl Marx e Friedrich Engels, seguida por As Obras Completas de Shakespeare (1598). Em quarto lugar surge A República de Platão (século IV a. C.) e Crítica da Razão Pura (1781), do filósofo alemão Immanuel Kant, ocupa o quinto lugar. Os restantes resultados ainda não foram divulgados.
Da lista fazem ainda parte as obras Orientalismo (Edward Said), 1984 (George Orwell), O Príncipe (Maquiavel), O Segundo Sexo (Simone de Beauvoir), A Riqueza das Nações (Thomas Paine), Modos de Ver (John Berger), Breve História do Tempo (Stephen Hawking), Uma Reivindicação pelos Direitos da Mulher (Mary Wollstonecraft), Primavera Silenciosa (Rachel Carson), A Mulher Eunuco (Germaine Greer), The Making of the English Working Class (E. P. Thompson, não publicado em Portugal), O Significado da Relatividade (Albert Einstein), Macaco Nu (Desmond Morris), Direitos do Homem (Thomas Paine) e As Utilizações da Cultura (Richard Hoggart).
in Público | 12 de novembro de 2015
Notícia no âmbito da parceria Centro Nacional de Cultura | Jornal Público