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Museu do Oriente mostra-se em França

Mais de cem peças da colecção Kwok On integram exposição em Nice

Mais de cem peças da coleção Kwok On, pertencentes à Fundação Oriente e integradas no acervo do Museu do Oriente, podem ser vistas na exposição “Do Nô a Mata Hari, 2.000 anos de Teatro na Ásia”, no Musée des Arts Asiatiques da cidade francesa de Nice, de 12 de Novembro a 30 de Março de 2016.

Esta é a segunda paragem na itinerância da mostra, que se estreou em Abril deste ano em Paris, no prestigiado Musée Guimet, onde foi visitada por mais de 30 mil pessoas e elogiada pela crítica. Segundo o Le Monde, a exposição consegue o “pequeno milagre” de apresentar, de um fôlego, 2.000 anos de tradição performativa. Das quase 300 peças expostas - onde se contam trajes, máscaras e adereços cénicos - 119 pertencem ao Museu do Oriente, um dos principais emprestadores.

“Do Nô a Mata Hari, 2.000 anos de Teatro na Ásia” retrata a diversidade e riqueza das expressões dramáticas no continente asiático, incluindo música, dança e ópera, numa exposição “pensada como um espetáculo”, segundo Sophie Makarious, presidente do Musée Guimet. Entre as peças de maior impacto cenográfico contam-se empréstimos do Museu do Oriente como a máscara e traje da dança ritual balinesa Barong, “belo, enorme, assustador, de tal forma vivo que quase o vemos abrir a goela para nos engolir inteiros.”

Esta apresentação do espólio da Fundação Oriente vem cimentar o seu estatuto de referência, sobretudo no panorama da arte asiática. A internacionalização tem sido uma aposta do Museu do Oriente desde a sua abertura, em 2008, através de uma política ativa de parcerias, empréstimos e colaborações institucionais. 

Prova disso são as exposições organizadas na Ásia, em 2012, nomeadamente, em Banguecoque, Pequim e Macau, ou a presença de peças significativas do seu acervo, em grandes exposições, como “Giaponne, Terra di Incanti”, em Florença, e também este ano, “Treasure Ships: Art in the Age of Spices”, na Austrália e “Do Nô a Mata Hari, 2.000 anos de Teatro na Ásia”, em Paris e agora Nice.

“De entre os nossos vários acervos”, explica a diretora do Museu do Oriente, Manuela d’Oliveira Martins, “a coleção Kwok On é considerada única no contexto museológico europeu e asiático, pela sua representatividade e qualidade. São mais de 13 mil testemunhos das artes performativas de toda a Ásia, das grandes mitologias e religiões populares. É uma coleção viva, não apenas por retratar práticas e rituais ainda em existência, muitas das quais património cultural imaterial, cujo registo e conservação é cada vez mais uma prioridade.”

São algumas destas peças que estão agora em exposição em Nice, na exposição “Do Nô a Mata Hari – 2000 Anos de Teatro na Ásia”, para ver até 30 de Março de 2016.

Sobre a exposição “Do Nô a Mata Hari – 2.000 Anos de Teatro na Ásia”

“É raro encontrar reunidos, praticamente frente a frente, estas formas teatrais, muitas delas ancestrais, de uma complexidade infinita e de grande beleza.” Le Monde, 9 Maio 2015

“Narrar 2.000 anos de teatro na Ásia, esta foi a aposta ganha do Musée Guimet que contou, para esta ocasião, com empréstimos excecionais”. Le Journal des Arts, Junho 2015

“De uma sala para outra, reina a diversidade e os trajes competem entre si em esplendor.” Le Fígaro, 28 Abril 2015

“Uma exposição absolutamente essencial. (…) Uma visão panorâmica soberbamente apresentada numa cenografia que destaca máscaras, trajes, marionetas e acessórios de teatro de cada país.” Théatral Magazine, Maio/Junho 2015

“(…) as cerca de 280 peças expostas evocam as múltiplas facetas  da 6ª Arte, numa apresentação rejubilante.” Beaux Arts, Maio 2015

“A não perder, (…) uma exposição excecional consagrada ao teatro na Ásia.” La Terrasse, Abril 2015


Sobre a coleção Kwok On

A coleção Kwok On tem origem numa doação feita, em 1971, ao sinólogo Jacques Pimpaneau pelo banqueiro Kwok On, de Hong Kong, de um conjunto de marionetas cantonenses, instrumentos musicais, livros e objetos diversos. Para Pimpaneau, esta doação foi o ponto de partida para a fundação de uma associação/museu em Paris, que designou Museu Kwok On.

Desde então, o sinólogo francês decidiu aumentar a coleção reunindo objetos originários de um espaço geográfico que se estende da Turquia ao Japão. Em 1999, ano em que a coleção foi doada à Fundação Oriente, esta incluía mais de 10.000 peças, situados temporalmente entre os séculos XIX e XX.

Trata-se de uma coleção etnográfica que documenta todas as formas de teatro, artes performativas e géneros narrativos asiáticos que transmitem os mitos, as histórias e os relatos da cultura, comuns às grandes civilizações asiáticas. É composta por trajes, máscaras, instrumentos musicais, teatros de marionetas, pinturas, gravuras, entre outros tipos de objetos.

A Fundação Oriente tem vindo a dar continuidade a esta coleção que, presentemente, compreende mais de 13.000 objetos.

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