A dança contemporânea portuguesa não conhece fronteiras e aposta cada vez mais na internacionalização. A jovem coreógrafa e bailarina Mariana Tengner Barros é um caso paradigmático na procura de novos circuitos para as artes performativas. Depois de ter apresentado o seu trabalho por vários países da Europa e América Latina, é agora a vez dos balcãs.

O galardoado espectáculo “THE TRAP” irá ser apresentado em Skopje, no âmbito do Festival LocoMotion, no dia 28 de Outubro, pelas 20h. A capital da Macedónia acolhe durante a próxima semana artistas de várias nacionalidades e Portugal far-se-á representar. Depois, a equipa artística segue caminho para a vizinha Albânia, onde decorre o “Albania Dance Meeting”, um festival que apresenta se divide entre a capital Tirana e Durres. Mariana Tengner Barros terá como palco a emblemática e imponente Galeria das Artes de Tirana. O espectáculo terá lugar a 31 de Outubro, pelas 20h. Neste encontro, estarão presentes artistas da Suíça, Kosovo, Itália, Albânia e Portugal.

“THE TRAP” foi estreado em 2011 no Festival Circular em Vila do Conde. Foi espectáculo vencedor do Prémio Europeu de Jovem Coreografia-  PRIX JARDIN D'EUROPE 2013 - AUDIENCE AWARD atribuído  pelo público no âmbito da 30ª edição do ImPulsTanz - Vienna International Dance Festival em Viena - Áustria. Neste espectáculo Mariana Tengner Barros habita os "corpos do velho glamour ' - divas do cinema e estrelas burlescas do nosso passado - para ter uma conversa com Deus sobre a arte e os mercados financeiros numa peça onde as coisas nunca são realmente o que parecem ser.  Mariana Tengner Barros é licenciada em dança pela Northern School of Contemporary DanceNSCD (Inglaterra 2003) onde recebeu o prémio University of Leeds Arms Prize por “Outstanding Achievement”. Completou o Programa de Estudo e Criação Coreográfica-PEPCC (Portugal 2009) do Fórum Dança tendo formação com Francisco Camacho, Vera Mantero, Miguel Pereira, João Fiadeiro, Deborah Hay, Lisa Nelson, Mark Tompkins, Meg Stuart, entre outros. ? Desde 2013 é artista associada à EIRA, tendo sido artista residente desde entre 2010 e 2012.

Esta digressão resulta da enorme vontade e investimento por parte da EIRA (à qual Mariana Tegner Barros é artista associada) para ampliar os circuitos das artes performativas extra-Europa e conta com o crucial apoio da Direcção-Geral das Artes (apoio à internacionalização) e da European Cultural.  
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BIO | Mariana Tengner Barros
Como criadora apresentou  And So?…The End ( 2010), Après Le Bain (2011) The Trap (2011 vencedor do Prémio do Público Jardin D’Europe- Austria),  Peça do Coração: For Him (2012) e A Power Ballad (2013), dueto com o coreógrafo Mark Tompkins, trabalhos apresentados em Portugal, Inglaterra, França, Espanha, Bélgica, Áustria e Uruguai. Coreografou End of Transmission para o Ballet Contemporâneo do Norte e Dance Against The Machine para a companhia Londrina Edge-The Place (2014), ambos os projectos em colaboração com o músico Jonny Kadaver.? Colaborou com vários artistas em diferentes projectos, salientando: Agnieszka Dmochowska/ Fat Sun (Polónia / Áustria), Said Dakash & The Resistance Movement (Finlândia/ RU), Tiago Rodrigues / Mundo Perfeito, Pedro Bandeira, António Mv, Nuno Miguel, Rogério Nuno Costa, Vânia Rovisco, Nuno Ferreira, Filipe Lopes, João Costa Espinho, João Ferro Martins, João Pedro Vale e Nuno Alexandre Ferreira (Portugal), Abraham Hurtado (Espanha / Alemanha), Mark Tompkins ( E.U.A. / França) e Davis Freeman (USA). Como intérprete destaca o trabalho com os coreógrafos Filip van Huffell/Retina Dance, Rui Horta / Companhia Instável, Né Barros/Balleteatro Companhia; Vera Mantero/ PEPCC, Francisco Camacho, Carlota Lagido, Tiago Cadete e Rafael Alvarez; e com o encenador John Romão. Licenciada em dança pela Northern School of Contemporary Dance-NSCD (Inglaterra 2003) onde recebeu o prémio University of Leeds Arms Prize por “Outstanding Achievement”. Estagiou no Ballet Theatre Munich, sob a direcção artística de Philip Taylor (Alemanha 2004). Completou o Programa de Estudo e Criação Coreográfica-PEPCC (Portugal 2009) do Fórum Dança tendo formação com Francisco Camacho, Vera Mantero, Miguel Pereira, João Fiadeiro, Deborah Hay, Lisa Nelson, Mark Tompkins, Meg Stuart, entre outros. Entre 2004 e 2005 foi artista associada da Northern School of Contemporary Dance-NSCD, onde coreografou Best Imitation of Myself para a companhia VERVE05 e co-fundou o colectivo artístico The Resistance Movement com Said Dakash, em Leeds/Inglaterra.  Desde 2013 é artista associada à EIRA, tendo sido artista residente desde entre 2010 e 2012.

EIRA
A EIRA é uma estrutura artística sediada em Lisboa que se dedica ao desenvolvimento e promoção nacional e internacional da dança contemporânea.
Após 20 anos de actividade, a EIRA é hoje reconhecida, nacional e internacionalmente, como uma referência por excelência , quer enquanto estrutura de criação, produção e programação artística na área da dança contemporânea, quer enquanto espaço de trabalho e cruzamento de criadores e projectos artísticos.
Desde a sua fundação (1993), a EIRA tem vindo a produzir e promover, nacional e internacionalmente, os espectáculos do coreógrafo português Francisco Camacho, sendo também responsável administrativa pela sua actividade em geral. A partir de 1996, alargou a sua actividade à produção e promoção de um núcleo de artistas associados à estrutura, pelo qual passaram até hoje, diversos nomes e gerações de coreógrafos e outros artistas portugueses. Actualmente o núcleo de artistas associados à EIRA é constituído por Francisco Camacho(desde 1993), Rafael Alvarez (desde 2005), Mariana Tengner Barros e Tiago Cadete (desde 2013, tendo sido estes dois artistas apoiados regularmente pela estrutura desde 2011).
A EIRA  é também um lugar para a dança sediado nas instalações do Teatro da Voz (Antigo Teatro da Graça)  o novo espaço de trabalho da EIRA no bairro da Graça em Lisboa, desde 2013. Ao longo do ano, a EIRA apoia outros coreógrafos independentes, portugueses e estrangeiros, através da cedência gratuita de espaço de ensaio ou organização de residências de criação e investigação artística ou ainda através da co-produção e apresentação de obras no âmbito do  Festival Internacional de Dança Contemporânea de Lisboa - Cumplicidades.
Paralelamente desenvolve ainda actividades de formação e sensibilização de público, dirigidas à comunidade em geral, que a partir de 2013 passaram a ser desenvolvidas nas instalações do Teatro da Voz (Antigo Teatro da Graça) no âmbito do Centro de Formação Artística um projecto concebido e coordenado por Sílvia Real.