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UAU investe 2 milhões de euros na recuperação do Teatro Tivoli BBVA
Aos 90 anos ainda faço teatro, canto, danço, toco e... não vou parar!
Nascido em 1924, pelo sonho de Frederico de Lima Mayer, o edifício atualmente designado por Cine Teatro Tivoli BBVA foi concebido segundo um projecto do arquiteto Raúl Lino e, na época, considerado a melhor sala do país. Polivalente, teve uma companhia de teatro residente (criada em 1925) e recebeu as mais prestigiadas companhias de dança e orquestras do mundo.
Muitos anos passaram e o edifício do Teatro Tivoli BBVA foi alvo de diversas tentativas de alteração, tendo sido sujeito às mais diferentes propostas para transformação em hotel ou espaço comercial. Porém, resistiu a tudo e manteve-se firme no seu propósito. Mesmo sofrendo com muitos maus tratos e relações indecorosas continuou a sua vida consagrada às artes e conseguiu manter-se de pé, numa afirmação de dedicação, com as portas abertas para produtores, artistas e público.
Em 2012, ganhou novo fôlego ao ser adquirido pela UAU que, pela intenção de o "devolver à cidade", mantém uma programação variada, capaz de satisfazer todos os públicos. No início de 2015, o Teatro Tivoli BBVA recebeu a merecida homenagem ao ser considerado Monumento de Interesse Nacional, passando a ser o único Monumento em Portugal, privado, dedicado às artes.
Há muito que todos sabiam que um edifício com mais de 90 anos teria que beneficiar de obras de recuperação, manutenção e adequação às exigências dos tempos modernos. Com um projecto de arquitectura e intervenção pensado no mais rigoroso respeito pelo espírito original do seu criador, liderado pelo arquitecto Flávio Tirone, a UAU abraçou o desafio de recuperar o Teatro Tivoli BBVA.
Ao investimento, superior a 2 milhões de Euros, exclusivamente privado, somam-se os contributos de muitas instituições, empresas e particulares, sem as quais este desiderato não seria realizável. BBVA, CIN, Sanitana, Siemens, Revigrés, LG e Nobilis são as empresas que responderam ao desafio da UAU e que ficarão definitivamente associadas ao projecto de recuperação deste Monumento Nacional. A Câmara Municipal de Lisboa e a Junta de Freguesia de Santo António compreenderam a importância desta aventura para a cidade e associaram-se no apoio à sua recuperação.
Entre as grandes intervenções ganham destaque a renovação das cadeiras da sala, os novos e modernos camarins, uma sala de ensaios, novos equipamentos de palco e um monta-cargas com acesso direto ao palco, instalações sanitárias condignas para o público e uma recuperação, já elogiada pelos técnicos, de toda a decoração, pinturas e madeiras originais. Mas, o edifício ganha também novas valências com a criação do novo espaço Café-Concerto, no 1º piso superior, com capacidade até 300 pessoas, a recuperação do lounge da Rua Manuel Jesus Coelho e a dedicação dos espaços do alçado da Avenida da Liberdade para o acolhimento de duas lojas de moda do mais elevado prestígio internacional.
Noventa anos depois de ter começado a carreira no mundo dos espetáculos, o Teatro Tivoli BBVA renasce para a cidade.