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Teatro Viriato apresenta programação festiva e repleta de obras maiores.

Nova temporada no Teatro Viriato - Setembro a Dezembro 2015

A programação para a nova temporada, sem falsa modéstia, é uma programação ótima e da qual nos orgulhamos muito. Apresentamos uma vez mais uma programação equilibrada que consegue conciliar o local com o internacional. As propostas para teatro são todas de topo. Temos o regresso do Ricardo Pais, um dos fundadores deste teatro, e artista incontornável e icónico do teatro português. Acolhemos o novo projeto de Tónan Quito, intitulado Um Inimigo do Povo, que é também uma peça belíssima. Albertine, o continente celeste de Gonçalo Waddington é outro dos projetos a não perder. Em resumo, o que apresentamos é um momento do melhor teatro que se está a criar no país. Destaque para a abertura da temporada com Théâtre de la Mezzanine, que tem visitado o Teatro Viriato diversas vezes e cada vez que passou por Viseu marcou-nos com peças fortíssimas. Desta vez o tema é mais delicado, mas o génio de Denis Chabroullet consegue transformar esta dureza temática, num espetáculo que nos convoca e que nos vai fazer viajar pelo mundo da I Guerra Mundial. Entre setembro e dezembro, vamos ter uma das colaborações mais fortes com o Cine Clube de Viseu. Desde a estreia de um filme musicado, passando pela carta-branca dada ao realizador João Botelho e até a um espetáculo de lanterna mágica, são várias as formas de estar desta parceria, que agora ganha uma dimensão maior, tendo em conta o assinalar dos 60 anos do Cine Clube de Viseu. Em relação à dança, é também uma programação interessante porque conseguimos conciliar várias coisas. Ao nível de New Age, New Time que começou por estar vocacionado para a nova dança, damos um passo em frente e deixamos de apresentar apenas coreógrafos emergentes e passamos também a apresentar coreógrafos consagrados. À parte do New Age, New Time, acolhemos a Companhia Nacional de Bailado com uma obra que eu criei no ano passado. É sempre fantástico receber esta companhia no palco do Teatro Viriato. Também a peça que estou a criar para os 20 anos da Companhia Paulo Ribeiro integra a nova temporada. No próximo quadrimestre, há ainda a estreia de um projeto que eu acho especialmente interessante que é dirigido por uma encenadora fantástica, a Joana Craveiro. Em colaboração com a empresa Patinter e com o Teatro Viriato, a Joana está a criar uma peça de teatro intitulada Viajantes Solitários, que surge a partir de entrevistas feitas aos camionistas. Uma vez mais conseguimos juntar o tecido local, empresarial com o meio artístico.

Paulo Ribeiro, durante a apresentação da programação de SET a DEZ’15

 

O novo quadrimestre setembro a dezembro apresenta uma vez mais uma programação arrojada, surpreendente e dinâmica, que tem como mote a benéfica e equilibrada convivência entre a comunidade de artistas residentes em Viseu e a comunidade de artistas que habita outras latitudes. De facto o Teatro Viriato tem apostado no consequente diálogo entre diferentes realidades artísticas com vista à promoção de um tecido artístico mais diversificado, mais profissional que possa usufruir de melhores condições de criação. Exemplo disso é a estreia de Viajantes de Solitários, um projeto de teatro especial desenvolvido pela mão do Teatro do Vestido, a partir da vida dos camionistas que integram a empresa Patinter e que conta com a participação de músicos profissionais locais. Destaque também para a forte componente cinematográfica que ao abrigo da parceria entre o Teatro Viriato e o Cine Clube de Viseu, que assinala 60 anos de existência, apresentará diversas sugestões culturais, que vão desde sessões especiais com a participação de realizadores conceituados portugueses, a espetáculos de Lanterna Mágica, passando também pela estreia de um filme-concerto. A nova programação inicia com um trabalho do reconhecido e fenomenal Théâtre de la Mezzanine, que após uma passagem por Viseu em 2011, regressa com um espetáculo comovente e grandioso sobre a I Guerra Mundial. Ricardo Pais, Tónan Quito e Gonçalo Waddington são alguns dos mais considerados encenadores portugueses que integram também o novo quadrimestre. Nesta última temporada do ano, é também visível a contínua aposta do Teatro Viriato na dança contemporânea, que pelo quarto ano consecutivo promove New Age, New Time. Uma mostra de dança contemporânea permite aos coreógrafos emergentes e consagrados dar a conhecer o seu trabalho a programadores, críticos e ao público. A edição deste ano recebe pela primeira vez a exibição de um vídeo-coreográfico que surge de um projeto do coreógrafo Romulus Neagu.

 

Em 2011, o Théâtre de la Mezzanine apresentou em Viseu a assombrosa ópera Dido e Eneias, que cativou o público. Passados quatro anos, a companhia francesa regressa ao palco do Teatro Viriato com A tragédia é o melhor pedaço do animal (18 e 19 de setembro), uma peça sobre a I Guerra Mundial, que promete conduzir o público ao ambiente que se vivia nas trincheiras. Conhecido pelo trabalho extravagante, o encenador Denis Chabroullett demonstra uma vez mais um talento especial para a criação de espetáculos complexos. No âmbito do Espaço Aberto, o projeto Habitar [Património] Viseu promove no Teatro Viriato o congresso Ao Tempo de Vasco Fernandes habitar os/nos séculos XV e XVI (26 de setembro), no qual os diferentes painéis de debate e oradores farão uma análise científica sobre a organização da sociedade nos séculos XV e XVI.

 

Tónan Quito assina a direção da versão homónima de Henrik Ibsen, Um Inimigo do Povo (02 e 03 de outubro). A peça, que abre a programação do mês de outubro, coloca a nu a colisão do indivíduo com o coletivo e conta a história de um homem que descobre uma verdade que toda a sociedade, manipulada pelo poder e pelos meios de comunicação, prefere omitir. Partindo do texto Igual ao Mundo, de Jacinto Lucas Pires, Ricardo Pais, nome maior da encenação em Portugal, apresenta Meio Corpo (08 a 11 de outubro), um conjunto de pequenas histórias assistidas por um autor em luta contra uma Big Sister. A peça é uma versão livre de Ricardo Pais do texto Igual ao Mundo de Jacinto Lucas Pires. Associando-se às celebrações do 60º aniversário do Cine Clube de Viseu, o Teatro Viriato acolhe O Fabuloso Espetáculo de Lanterna Mágica do Professor Heard (15 a 17 de outubro), um espetáculo único proveniente do Reino Unido, local onde grande parte das lanternas e vidros que circulavam pela Europa nos séculos XVIII e XIX tiveram origem e onde a tradição dos espetáculos de lanterna mágica sobreviveu até aos dias de hoje. Esta apresentação, que conta com acompanhamento musical do pianista Filipe Melo e narração em português de Vanessa Sousa Dias, promete transportar o público para os antigos números de feiras ambulantes e espetáculos de magia. Reconhecendo o trabalho ímpar desenvolvido pelo Teatro do Vestido a partir da recolha de testemunhos e histórias de vida, o Teatro Viriato e a empresa viseense Patinter desafiaram este coletivo a criar um espetáculo que espelhe a vida dos camionistas. Depois de um intenso trabalho de pesquisa e de recolha de relatos, surge a estreia poética de Viajantes Solitários (21 a 25 de outubro), um espetáculo que funcionará quase com um manual de um viajante singular. Pianista e investigadora na área da música, Joana Gama irá presentear o público viseense Viagens na Minha Terra (28 de outubro), um recital de piano comentado no qual interpreta duas obras para piano de autores portugueses: Viagens na Minha Terra, de Fernando Lopes-Graça e Lume de Chão: Tecidos de memórias e afetos, do compositor Amílcar Vasques-Dias. Na véspera deste concerto, a pianista orienta uma palestra no Conservatório Regional de Música de Viseu, na qual irá abordar de forma aprofundada as duas obras musicais do recital. O mês de outubro encerra com dança, nomeadamente com a coreografia de Paulo Ribeiro criada para a Companhia Nacional de Bailado em 2014. A partir das referências literárias portuguesas à personagem Lídia, Paulo Ribeiro orquestrou uma Lídia (30 e 31 de outubro) dançada a 13 vozes que celebra o modernismo e o centenário da revista Orpheu.

 

Jazz, rock e paisagens sonoras abstratas e cinematográficas vão ecoar no foyer do Teatro Viriato pela mão dos Slow Is Possible (04 de novembro), um coletivo que tem surpreendido a crítica especializada, que apesar do seu percurso recente arrisca em afirmar que este é um dos grupos mais promissores e ousados do panorama musical português atual. Como forma de assinalar os 20 anos de existência, a Companhia Paulo Ribeiro lança, no dia 06 de novembro, um livro sobre a história da companhia mas também sobre a própria história da dança contemporânea. Companhia Paulo Ribeiro 20 Anos de História conta com coordenação do crítico de dança Tiago Bartolomeu Costa. Albertine, o continente celeste (07 de novembro) é a primeira peça escrita a solo por Gonçalo Waddington, que mergulhou no hipertexto de Marcel Proust – Em Busca do Tempo Perdido e recorreu também ao trabalho de alguns dos mais destacados astrofísicos da atualidade. Com este trabalho, Gonçalo Waddington pretende refletir sobre a memória e o tempo. O artista plástico e realizador João Sousa Cardoso regressa ao Teatro Viriato com Barulheira (13 de novembro), uma leitura encenada e dramatizada sobre a obra do pintor Álvaro Lapa que acaba por propor uma aprofundada meditação sobre as formas fundamentais da construção teatral. No ano em que celebra 60 anos de existência, o Cine Clube de Viseu promove um Programa de Sessões Especiais que tem como objetivo a apresentação de um conjunto de obras escolhidas por figuras importantes do cinema português. Na primeira sessão, que decorre em parceria com o Teatro Viriato, cabe ao realizador português João Botelho apresentar o filme Madame Me ( 14 de novembro).

 

O mês de dezembro inicia com dois concertos distintos, em termos de reportório e de influências, de dois coletivos que estão ligados à cidade de Viseu. O grupo A Presença das Formigas (04 de dezembro), largamente reconhecido pela imprensa especializada, dá a conhecer os seus dois discos, que reúnem composições que combinam elementos da música tradicional e popular portuguesa com jazz, música erudita e músicas do mundo. Na senda da parceria entre o Teatro Viriato e a editora GiraDiscos, o coletivo Cabeça de Peixe (09 de dezembro) lança o seu primeiro disco, em que o rock é o estilo condutor, mas cujas composições são também influenciadas por outras estéticas como o jazz, a música tradicional e étnica. Com um trabalho firmado na promoção do Novo Circo em Portugal, a nova programação do Teatro Viriato inclui o espetáculo Bruit de Couloir (11 e 12 de dezembro), um solo de malabarismo e dança de Clément Dazin, que de uma forma abstrata mas poética retrata os diferentes períodos do ser humano, a morte e a melancolia da vida. A apresentação deste espetáculo é complementada com um encontro teórico-prático sobre a técnica de movimento em marcha-lenta e onde serão também abordadas as sensações que o movimento pode provocar. Dando continuidade à parceria com o Cine Clube de Viseu, o Teatro Viriato estreia o filme-concerto O Navegante (15 e 16 de dezembro). O filme de Buster Keaton e Donald Crisp será musicado ao vivo por Filipe Raposo, músico e compositor que colabora frequentemente com a Cinemateca e pelo músico Bruno Pinto. A programação termina com a apresentação de A Festa (18 e 19 de dezembro), a nova coreografia de Paulo Ribeiro que assinala os 20 anos da Companhia homónima. Nesta nova criação o coreógrafo evoca uma festa, uma manifestação de prazer que se possa estender do palco ao público. Aproveitando esta ocasião, o coreógrafo irá ministrar uma aula destinada a pessoas interessadas no contacto com a linguagem do coreógrafo.

 

De 18 de setembro a 19 de dezembro, para ver no foyer Viseu A… não tropeçar na cultura, uma exposição de fotografias assinadas por José Alfredo, fotógrafo que acompanhou e imortalizou através da sua lente o projeto Viseu A. Esta exposição sintetiza em algumas imagens um projeto de extroversão e a sua programação intensa, ousada e pensada para ocupar a cidade com um discurso de transformação que não esbarrasse gratuitamente no público.

 

A dança contemporânea volta a ter lugar de destaque na programação do Teatro Viriato. De 21 a 28 de novembro, o Teatro Viriato promove pelo quarto ano consecutivo a mostra de dança New Age, New Time, que tem como objetivos apoiar os coreógrafos portugueses, sejam eles emergentes ou consagrados, e sensibilizar os públicos para esta disciplina artística. Durante sete dias, irão passar por Viseu cinco espetáculos: A tecedura do caos (21 de novembro), de Tânia Carvalho, Pastiche (22 de novembro), de Luiz Antunes e Sérgio Diogo Martins, Trovoada (24 de novembro), de Luís Guerra, Stretto (26 de novembro), de Romulus Neagu e Pântano (28 de novembro) de Miguel Moreira / Companhia Útero. O programa deste ciclo de dança prevê ainda um ensaio aberto, no dia 25 de novembro, com a coreógrafa Clara Andermatt, no qual dará a conhecer o resultado da primeira parte do projeto Queda Livre cuja primeira fase se desenvolve em residência no Teatro Viriato. Pela primeira vez, a mostra New Age, New Time recebe a projeção de um vídeo coreográfico, Perpetuum (título provisório) (27 de novembro) pensado pelo coreógrafo Romulus Neagu e editado por Constantin Georgescu. Um trabalho que reflete sobre a motricidade do corpo na dança e na natação e que explora a potencialidade corporal nestes ambientes tão distintos. No final da exibição, irá realizar-se uma conversa com o coreógrafo e com convidados das áreas em debate. Em ligação estreita com este projeto do coreógrafo, será colocada no foyer uma instalação de João Dias que simula um dos objetos do vídeo, uma piscina na qual são projetadas imagens de movimento que o público pode manipular com as suas próprias mãos. Esta instalação conta com coprodução do Teatro Viriato. Não se cingindo à apresentação de espetáculos, o ciclo será complementado com um conjunto de aulas ministradas pelos coreógrafos envolvidos na mostra de dança.

 

No âmbito do Sentido Criativo, o Teatro Viriato propõe aos professores, de todos os níveis de ensino, a oficina Narrativas Visuais (02, 03 e 10 de outubro). Com produção da Fundação Calouste Gulbenkian, esta oficina procura ajudar os docentes a desenvolver competências ao nível da expressão artística, em que a narrativa visual se assume como ferramenta atual de comunicação.

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