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Samuel Úria, Cuca Roseta e David Fonseca abrem caminho à rentrée do Cine-Teatro de Estarreja
O edifício de Raul Rodrigues Lima (1909-1979), datado de 1950, bandeira cultural do país, acolhe, por ano, uma média de 300 eventos e 28 mil espectadores de toda a região. Mantém-se uma aposta regular na promoção de projetos artísticos multiculturais, ecléticos, atuais e pertinentes nos desígnios da contemporaneidade.
Logo no primeiro sábado de outubro, dia 3, o CTE recebe a visita do ator, encenador e dramaturgo brasileiro Vinícius Piedade, que apresenta o solo “Identidade”. Um exercício em permanente relação com o público, através da combinação de elementos como a música, a mímica e o teatro.
Em 2015, o Estarrejazz antecipa-se, migrando de novembro para o mês de outubro. O Festival de Jazz de Estarreja mantém lugar cativo no CTE, este ano com João Mortágua Quarteto, Quarteto Pedro Moreira, Trio Azul, com Carlos Bica, Frank Möbus e Jim Black, e o pianista Carlos Azevedo a contracenar com a Big Band Estarrejazz. No registo Afterhours haverá lugar para as formações Otorrino Trio e Samuel Lercher Trio. O Saramago Caffe Bar volta a associar-se ao Estarrejazz na dimensão “fora de portas”, com dois concertos, deixando que os improvisos do jazz contagiem a cidade. De 9 a 17 de outubro o panorama jazzístico nacional e internacional volta a correr nas veias estarrejenses.
A música continua em novembro com o projeto Segue-me à Capela (6 nov.) e sete mulheres que recuperam cantares tradicionais, Cuca Roseta (14 nov.) que apresenta “Riû”, novo disco da fadista, e ainda o desafio superado de Manuela Azevedo, denominado “Coppia”, espetáculo de música e dança que junta o casal Clã (Manuela Azevedo e Hélder Gonçalves) ao coreógrafo vimaranense Victor Hugo Pontes. No final do mês, mais concretamente no dia 28 de novembro, o teatromosca apresenta a peça “Moby-Dick”, partindo do romance homónimo de Herman Melville. Considerado pelo semanário Expresso como um dos melhores espetáculos do ano 2013, “Moby-Dick” fala de obsessão e vingança.
David Fonseca e Pedro Jóia chegam em dezembro ao equipamento cultural estarrejense. “Futuro Eu” é o mais recente projeto de David Fonseca (4 dez.), que, de forma inédita, mergulhou no mundo da escrita em português. No espaço Café-Concerto, Pedro Jóia (12 dez.) faz-se acompanhar da guitarra e por um repertório de cariz popular que o próprio revestiu.
Novos desafios para a comunidade e agentes culturais locais
O CTE, como polo cultural determinante na formação de públicos para o consumo artístico e espaço âncora de trabalho do LAC – Laboratório de Aprendizagem Criativa, plataforma municipal regida pelos princípios da educação pela arte e aprendizagem ao longo da vida, trabalha uma relação de proximidade com a comunidade, tendo promovido vários projetos que contam com a participação ativa da população. O próximo, intitulado “Onde é o Lá?”, leitura encenada inserida no programa do Festival Sénior 2015, promovido pelo Município de Estarreja, procura resgatar as “histórias dos avós”. Todos os que têm mais de 50 anos de idade estão convidados a integrar o elenco de “Onde é o Lá?”. Os ensaios decorrem de 26 a 30 de outubro e o espetáculo final será a 31 do mesmo mês, no CTE.