Fotos: Rosário Silva/ RR

Foram usadas 15 toneladas de papel, mais de 90 toneladas de madeira e muita, muita cola.

“Este é um concelho com arte”.

Até 9 de Agosto, “Redondo volta a ser o destino mais colorido do Alentejo” ao receber a XIV edição das “Ruas Floridas”. A Câmara Municipal fala de uma “viagem surpreendente por mundos tão diferentes quanto a imaginação pode permitir”.
Nas 41 ruas, os temas abordam personagens infantis, o vintage e o revivalismo da cultura portuguesa. “Símbolos de Portugal”, “A Dança do Tempo”, “Shrek” ou “O Sítio do Pica-pau Amarelo” são algumas das surpresas que vale a pena descobrir.
Uma forma de chegar a todos os públicos e proporcionar uma "experiência inesquecível e descontraída", segundo a autarquia.
“Temos para cima de 15 toneladas de papel e mais de 90 toneladas de madeira já para não falar nas folhas de esferovite ou toneladas de cola”, descreve à Renascença, o presidente da Câmara. Mas António Recto recorda que mais importante que o apoio logístico é “trabalho artístico produzido pelas mãos magníficas da população.
“Este é um concelho com arte”, sublinha orgulhoso.

Horas e meses a fazer flores
Trabalha 11 horas por dia numa fábrica, mas apesar de chegar tarde a casa, é com gosto que Francisco Fanica abraça, pela primeira vez, a missão que lhe foi confiada: Ser “cabeça” da rua onde reside. É ele que coordena a equipa de moradores da Rua 1º de Dezembro, por estes dias “transportada” para o Rio de Janeiro.
“Tem sido uma experiência enriquecedora”, conta à Renascença depois de largos meses de trabalho elaborado e muito cansaço. Tudo para embelezar a rua como um dos seus filmes preferidos, “Rio”.
“Desde Fevereiro que trabalho para as festas, foram muitas horas a fazer flores e motivos mas quis que fosse um tema que puxasse muito a cor para trazer a alegria”.
Para além das ruas ornamentadas há todo um programa musical e cultural a preencher as noites quentes de Verão. O artesanato e a gastronomia são outras opções às quais não é possível ficar indiferente.
Neste evento bienal, com tradição que remonta ao século XIX, são esperados cerca de 600 mil visitantes.

Notícia no âmbito da parceria Centro Nacional de Cultura | Rádio Renascença