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Mais do que uma livraria. Turistas pagam para entrar na Lello
“Se me interessa, pago. Pago se estou interessada em ver. Se te recomendam a visita, três euros é como em qualquer outro local turístico, qual loja. Se te interessa, pagas”, diz Sofia.
Também o Francês Ethien considera normal pagar-se para visitar um local tão famoso: “Sim, porque não. É um local famoso com livros antigos. É um local muito interessante para visitar.”
Opinião idêntica é manifestada pela portuguesa Marlene, radicada no Canadá: “Eu vivo no Canadá, em Montereal. Já estou aqui há três dias e adoro a livraria. Três euros é um preço razoável. É uma boa decisão”, afirma.
Com a decisão de cobrar entradas, a Lello pretende voltar a ser reconhecida como livraria. O administrador, José Manuel Lello, reconhece que a esmagadora maioria dos cinco mil visitantes diários não compra livros.
“Nós sabemos que temos à volta de cinco mil pessoas por dia. A esmagadora maioria das pessoas não leva livros. Ainda agora ouvimos um estrondo: foi uma pilha de livros a cair por ter levado uma pancada de um turista que entrou aqui com um enorme saco”, argumenta José Manuel Lello.
O objetivo da medida é requalificar o espaço, controlar o número de pessoas que entra na livraria e dar mais conforto aos clientes, refere o administrador.