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Ricardo Pais recebe Medalha de Mérito da cidade do Porto

Encenador será distinguido pelo seu percurso artístico, que conta com mais de cinquenta espetáculos teatrais e criações cénicas.

Ricardo Pais, foto de Pedro Lobo
Ricardo Pais será distinguido na próxima quinta-feira, dia 9 de julho, às 18h30, com a Medalha de Mérito – Grau Ouro, pela Câmara Municipal do Porto. A cerimónia decorre na Casa do Roseiral, no Palácio de Cristal. As medalhas da cidade têm como objetivo distinguir pessoas singulares ou coletivas que se notabilizam pelos seus méritos pessoais ou feitos cívicos.

O percurso artístico do encenador tem vindo a ser enaltecido com várias condecorações, nomeadamente com a Grande Insígnia de Mérito, atribuída pelo Presidente da República da Áustria (1989), e com os títulos honoríficos de Chevalier de l’Ordre des Arts et des Lettres, pelo Ministro francês da Cultura e da Comunicação (2007), de Grande-Oficial da Ordem do Infante D. Henrique, pelo Presidente da República Portuguesa (2013). Da lista de medalhados de Mérito – Grau Ouro, fazem ainda parte nomes como Júlio Machado Vaz e Isabel Alves Costa (a título póstumo) ou instituições como o Balleteatro.
 
Percurso de Ricardo Pais
Nasceu em 1945. Entre 1968 e 1971, frequentou o curso superior de Encenação do Drama Centre London, onde obteve o Diretor’s Course Diploma. Foi professor da Escola Superior de Cinema de Lisboa (1975-83); coordenador do projeto Área Urbana – Núcleo de Ação Cultural de Viseu (a partir de 1985); Diretor do Teatro Nacional D. Maria II (1989-90); e comissário para Coimbra – Capital do Teatro (1992 -93). Assumiu a direção do TNSJ entre 1996 e 2009, com um interregno de dois anos.

Do seu percurso fazem parte mais de cinquenta espetáculos teatrais e criações cénicas, nos quais cruzou a literatura, o canto, a eletrónica, a dança, o teatro radiofónico, as projeções vídeo, a magia e a performance art. Ocupou-se da mais alta literatura em língua portuguesa, trabalhando autores como Fernando Pessoa, Padre António Vieira, Almeida Garrett, António Ferreira e Gil Vicente. Encenou também autores nucleares da dramaturgia universal, de Maquiavel a Alfred Jarry, de Shakespeare a Wedekind, de Molière a Ionesco.

Prefere definir-se como “encenador de música”: citem-se Raízes Rurais. Paixões Urbanas e Cabelo Branco é Saudade (2005).

Sombras – síntese de diversas práticas, mas também de um trajeto de criação artística iniciado em 1972 – foi este fim de semana recebido em apoteose no Rio de Janeiro, tendo sido visto desde a sua estreia, em 2010, por mais de 19 mil espectadores, em Portugal, Rússia, França e Brasil. Em 2014, estreou al mada nada no TNSJ, partindo de Saltimbancos – que ocasionou a apreensão policial da revista Portugal Futurista (1917) –, de Almada Negreiros. Em 2015, encenou Meio Corpo, a convite do Ensemble de Atores, espetáculo que estará em cena no Teatro Carlos Alberto, de 18 de setembro a 4 de outubro; no Teatro Viriato, de 8 a 11 de outubro; e no Teatro Académico Gil Vicente, a 22 de outubro.
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