A 7ª edição do Festival ao Largo arranca a 3 de julho.
Em 2015, celebram-se as novas gerações de músicos num festival que quer ser para todos.
Com um orçamento ligeiramente superior ao do ano passado mas ainda assim apertado, o Teatro Nacional São Carlos (TNSC), em Lisboa, apresenta mais uma edição do Festival ao Largo, que arranca já no dia 3 de julho.
A aposta, este ano, vai para as gerações mais novas. São elas que preenchem grande parte do programa de espetáculos gratuito, marcado ainda pela estreia mundial da primeira cena da ópera O Deus do Vulcão da Orquestra Sinfónica Portuguesa numa iniciativa do São Carlos de diálogo com o Oriente.
Julho no Chiado é sinónimo de Festival ao Largo. Durante praticamente todo o mês, de 3 a 25, a sala de concertos do único teatro de ópera do país é a rua. É ali na praça em frente ao São Carlos que tudo acontece. E tudo são mais de uma dezena de espetáculos: uma amostra do que se faz dentro de portas ao longo de todo o ano. “Na rua, levamos o TNSC às pessoas que aqui não entram”, diz na conferência de imprensa de apresentação do festival Adriano Jordão, responsável pela programação e membro do conselho de administração do Opart, o organismo que gere o São Carlos e a Companhia Nacional de Bailado (CNB). “Parece que esta casa assusta muita gente, dizem que é elitista, que é preciso vestir-se bem para cá vir”, continua em tom de brincadeira, explicando que o festival serve exatamente para desmistificar esta ideia.
Na sua 7ª edição, Jordão não tem dúvidas de que o festival é um momento importante do calendário do São Carlos, influenciando mesmo a mudança de público a que o teatro assiste. “Vejo caras novas depois cá dentro.”
“Podemos fortemente presumir que o festival é responsável por trazer sangue novo”, acrescenta José de Monterroso Teixeira. “Da ópera ao bailado ao canto, esta convergência é uma mais-valia”, diz o presidente do Opart, destacando que, no seguimento da vontade de querer chegar a novos públicos, o Festival ao Largo terá este ano a transmissão em direto de concertos nas praças principais de Santarém e Évora através de uma parceria com a RTP (os concertos passam também na RTP2). “É uma forma de chegarmos a outros lugares do país, de ganharmos uma definição nacional”, explica.
O concerto coral-sinfónico Broadway e Novo Mundo dirigido pela maestrina Joana Carneiro e com a solista Sofia Escobar abre o festival, seguindo-se depois uma série de três concertos Novas Gerações, dois dos quais a cargo de orquestras internacionais, nomeadamente da Orquestra Sinfónica da Universidade de Louvain-la-Neuve, na Bélgica, e da Orquestra Juvenil da Irlanda.
Adriano Jordão destaca o concerto da Orquestra Sinfónica Juvenil, no dia 8 de julho, que prestará homenagem “a duas pessoas que dedicaram a sua vida a esta casa”: Elsa Saque e Álvaro Malta. A cantora lírica Maria Cristina Castro, que morreu em 2010, também vai ser homenageada durante o festival num concerto da Orquestra Sinfónica Portuguesa com o Coro do Teatro Nacional de São Carlos que interpretarão o Hino à Juventude. Jordão destaca ainda a estreia da primeira cena da ópera O Deus do Vulcão, “um projeto belíssimo”, inspirado no vulcão de lava azul na Indonésia, e que se insere também nas comemorações dos 70 anos da UNESCO.
A última semana, como já é tradição, fica a cargo da Companhia Nacional de Bailado, que apresentará o seu programa de homenagem ao extinto Ballet Gulbenkian. Questionado pelo PÚBLICO sobre se a anunciada greve dos bailarinos para julho poderá afetar o festival, Adriano Jordão garantiu que “qualquer problema que possa haver será resolvido de forma digna”. “Não deixará de haver espetáculo”, atesta, dizendo que “se fosse bailarino e estivesse em greve não dançava”.
Jordão não esconde que o programa inicialmente pensado para a edição deste ano era ligeiramente maior mas face aos constrangimentos financeiros “foi preciso fazer contas e encurtar”. O orçamento do Festival ao Largo é de 139 mil euros, revelou ao PÚBLICO, contando que “uma percentagem muito grande” vem dos parceiros. O Millenium bcp é o principal mecenas do festival. No ano passado, o festival custou 100 mil euros mas o programador explica que isso aconteceu porque muitos participantes quiseram participar sem cachet, como foi o caso da cantora lírica Elisabete Matos. “Houve uma grande generosidade mas é algo que não se pode repetir, faz-se uma vez na vida, num momento de crise.”
por Cláudia Lima Carvalho, in jornal Público | 25 de junho de 2015
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