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Este armário era da Condessa d'Edla. E agora vai para o Palácio da Pena

Foi comprado pela Parques de Sintra e reforça o acervo do Palácio da Pena.

O armário pertencia aos descendentes da cantora lírica que se casou em segundas núpcias com o rei D. Fernando II. 

A peça de mobiliário combina madeira entalhada e painéis de cerâmica e é um exemplar do século XVIII com detalhes da transição do século XVI para o XVII. "Trata-se de uma peça bastante significativa no contexto do mobiliário oitocentista, constituindo um excelente exemplo da tendência de reaproveitamento de materiais escultóricos e elementos de móveis mais antigos que marcaram o gosto de D. Fernando II, o rei-artista", diz, em comunicado, a Parques de Sintra, empresa que gere o Palácio da Pena, Chalé da Condessa e Castelo dos Mouros, entre outros equipamentos. "É muito representativa do gosto dos primeiros proprietários", avança o conservador do Palácio da Pena, Hugo Xavier, em declarações ao DN.

Agora, "foi adquirido diretamente aos descendentes da condessa d"Edla, não tendo portanto integrado um leilão que lhe desse visibilidade pública", confirma Hugo Xavier. "Uma vez que se trata de uma aquisição particular, o valor não pode ser revelado mas o que importa assinalar é a sua singularidade enquanto obra de arte", acrescenta.

O armário, verde, é de madeira de carvalho com "as portas e frentes de gavetas revestidas com baixos-relevos em cerâmica de fabrico germânico produzidos originalmente para um fogão de sala ou Kachelofen, com figuras bíblicas e elementos clássicos", detalha o comunicado da Parques de Sintra.

Identificado nos aposentos da condessa d'Edla no Inventário Orfanológico de D. Fernando II na sequência da sua morte, esteve a residência da cantora lírica no Palácio de Santa Marta, residência lisboeta da condessa enquanto viúva, encontrando-se no seu boudoir por ocasião da sua morte, em 1929, de acordo com a informação adquirida para o Palácio da Pena também recentemente.

Estava nas mãos dos descendentes da condessa, "o armário permaneceu inédito para a historiografia da arte, não tendo sido reproduzido em catálogos ou estudos da especialidade". Tinha havido uma tentativa, frustrada, de o mostrar na exposição comemorativa do 1.º centenário da morte do monarca, organizada no Palácio Nacional da Pena, em 1985.

por Lina Santos, in Diário de Notícias | 24 de junho de 2015
Notícia em Destaque, no âmbito da parceria Centro Nacional de Cultura | Diário de Notícias 
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