Imóvel classificado como IIP- Imóvel de Interesse Público pelo Decreto nº 735/74.

As pinturas murais, que datam do século XVIII (apresenta sob a janela a data de 17(?), localizam-se na parede sul da nave da igreja, ocupando uma parte da área total do paramento com figurações inseridas em molduras com decoração fitomórfica que integram as Estações da Via-Sacra e motivos hagiográficos.

Tendo em conta que o estado de conservação do conjunto pictórico era extremamente frágil, apresentando-se em avançado estado de degradação, a intervenção em curso, promovida pela Direção Regional de Cultura do Norte, procede a um tratamento que assegura primordialmente a sua conservação.

A intervenção decorre no âmbito da candidatura ao Programa ON.2 designada “Entre o Sagrado e o Profano-Dinamização do Património Religioso Medieval”, sendo que os referidos trabalhos foram adjudicado, após consulta, à empresa Sofia Gomes Lopes, UNIPESSOAL Ldª, pelo valor total de 30.800,00 € + IVA.

Sobre o programa “Entre o Sagrado e o Profano”
O projeto “Entre o Sagrado e o Profano” desenvolve-se nas seguintes áreas de intervenção:
* Valorização do Património Cultural Classificado Imóvel e Arqueológico – as intervenções visam contribuir para a salvaguarda, prevenção de riscos, valorização e recuperação de monumentos classificados;
* O Património como Fator de Dinamização e Desenvolvimento/Animação e Divulgação – os projetos constituem intervenções integradas, nomeadamente em articulação e/ou complementaridade com as intervenções de caráter físico/infraestrutural, de divulgação e de animação dos espaços de maior interesse histórico;

A operação Entre o Sagrado e o Profano propõe um novo olhar sobre a identidade do território da região norte construída a partir da relação visceral entre os edifícios de igreja do período medieval e o território.

Sobre a Igreja Paroquial de São Miguel
A Igreja Paroquial de São Miguel de Nogueira da Montanha, em Chaves, está classificada como IIP - Imóvel de Interesse Público, Decreto nº 735/74. A Igreja de Nogueira da Montanha foi originalmente construída, ao que tudo indica - pela análise da estrutura - , ainda no século XIII, inscrevendo-se na arquitetura românica da região. Em meados do século XIX a fachada adquiriu nova feição, incluindo o campanário de dupla ventana, acessível por escada adossada, que ainda hoje ostenta.

Com corpo formado por duas naves construídas em épocas diferentes e separadas, entre si, por dois arcos assentes em pilares cilíndricos, a igreja alberga capela-mor mais baixa do que a nave que a antecede, flanqueada por dois altares.

Apresenta, na parede sul, um revestimento de pintura mural, com figurações inseridas em molduras com as Estações da Via-Sacra e motivos hagiográficos. Este programa pictórico integraria um conjunto demolido aquando das obras de ampliação do edifício, ocorridas em 1848, e datará do século XVIII.

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