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O festival que é uma festa junta Vieira da Silva e Gisela João em Coimbra

"Festa!" é o tema-base do Festival das Artes, que arranca dia 16 de julho, em Coimbra.

O Anfiteatro Colina de Camões, na Quinta das Lágrimas, é o principal palco do Festival das Artes Fotografia © DR / Festival das Artes
"Festa!" é o tema-base do Festival das Artes, que reúne dança, artes plásticas, cinema, música, conferências, gastronomia e programas para as crianças, em Coimbra, de 16 a 28 de julho.

A ideia é ir contra a corrente negativista que atravessa o País. "Este festival nasce sob o tema da festa, não porque tenhamos excecionais motivos para estar festivos, mas precisamente por não os termos. O desafio foi 'inventar' ideias de festa [que correspondessem a cada uma das artes]. A festa também é um estímulo para ajudar a que as coisas melhorem", explicou o presidente da direção do Festival das Artes, José Miguel Júdice, esta terça-feira, na apresentação do evento.

Motivos de interesse no festival - que tem epicentro na Quinta das Lágrimas mas se estende por vários palcos da cidade dos estudantes - são tantos que José Miguel Júdice tinha vontade de "destacar tudo". O ciclo de música arranca com a "Festa dos Bombos", pelo grupo Tocá Rufar (uma arruada de artistas e público entre o Edifício Chiado e a Quinta das Lágrimas, antes da cerimónia de abertura do evento a 16 de julho). E vai da música clássica (concertos das orquestras Metropolitana de Lisboa e Clássica do Centro e da pianista arménia Lilian Akopova, de 19 a 22), ao fado (Gisela João, a 25), passando pelo jazz (recital a dois, de Mário Laginha e Catarina Wallenstein, a 24).

O ciclo das artes plásticas inclui uma exposição de Maria Helena Vieira da Silva, de 17 a 27 de julho, na Capela do Tesoureiro do Museu Nacional Machado de Castro. E o de cinema, comissariado por Pedro Mexia, contempla a exibição de The Dead (Gente de Dublin), de John Houston, e O Anjo Exterminador, de Luis Buñuel (a 16 e 17 de julho).

O evento conclui-se a 28 de julho, com Fica no Singelo, espetáculo de dança da Companhia Clara Andermatt. Mas, antes, ao longo dos 13 dias que compõem a 7.ª edição do Festival das Artes, também há conferências (com a "festa brava", "a festa do futebol" e "a festa e a política em debate"), iniciativas gastronómicas (uma "festa gourmet", com inspiração espanhola) e atividades para os mais novos (e não só), no âmbito do serviço educativo (que inclui um workshop de escrita com Mário Cláudio).

Na despedida, por entre agradecimentos aos patrocinadores e mecenas que permitem a organização de um festival com um magro orçamento de cerca de 130 mil euros, só deixa um repto... de olhos postos no futuro: "Façam a festa. Só ficarei contente quando toda a cidade de Coimbra estiver a viver a cultura como acontece em Arles, Paraty ou Edimburgo [cidades com emblemáticos festivais culturais]".

O cartaz completo do 7.º Festival das Artes, com horário, local e preço dos bilhetes das atividades, está disponível para download aqui.

por Rui Marques Simões, in Diário de Notícias | 24 de junho de 2015
Notícia em Destaque, no âmbito da parceria Centro Nacional de Cultura | Diário de Notícias 
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