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Fundação José Saramago assinala os cinco anos da morte do escritor

Exposições e entrada gratuita esta quinta-feira na Fundação Saramago, em Lisboa.

José Saramago morreu em 2010, foto de Nuno Ferreira Santos
A Casa dos Bicos, sede da Fundação José Saramago (FJS), está de "portas abertas ao público" nesta quinta-feira, para apresentar uma programação que assinala os cinco anos da morte do escritor, divulgou a instituição.

A Fundação "convida os visitantes a fotografarem-se vendo o mundo pelas lentes de José Saramago" e da programação faz parte a estreia do documentário Um humanista por acaso escritor, do brasileiro Leandro Lopes, que ocorre simultaneamente em Belo Horizonte, Recife, Serrinha, no Brasil.

Antes da exibição, prevista para as 11h30, é inaugurada a exposição de ilustração de André Letria intitulada A maior flor do mundo, título retirado de uma obra do Nobel português de Literatura, destinada ao público infantil.

Ainda na quinta-feira, pelas 21h00, é apresentado o concerto pelo duo Buganvília, constituído pelos músicos João Afonso e Rogério Cardoso Pires, que conta com a participação dos atores Maria do Céu Guerra e Nicolau Breyner, que vão ler textos de José Saramago.

A revista Blimunda, órgão oficial da FJS, que faz três anos, publica nesta ocasião o seu 37.º número, qual será incluído um texto inédito do escritor, Notas de ensaio sobre a lucidez.

A presidente e o diretor da FJS, Pilar del Río e Sérgio Machado Letria, respetivamente, vão apresentar detalhadamente a programação, na quarta-feira de manhã, e irão anunciar também diferentes iniciativas em torno da figura e obra de José Saramago, em Portugal, México, Brasil, Itália e Espanha, entre outros países.

Uma das iniciativas é um encontro de "pensadores e filósofos, nos dias 24 e 25 deste mês, na Universidade Nacional Autónoma do México, para esboçar a Cartas dos Deveres Humanos", que José Saramago sugeriu no seu discurso em Estocolmo, em 1998, quando recebeu o Nobel.

"A ideia é começar a concretizar esta ideia e, depois, apresentar o documento às Nações Unidas", explicaram à Lusa.

Desde a morte de Saramago, no dia 18 de junho de 2010, ocorrida na sua residência em Tías, na ilha espanhola de Lanzarote, no arquipélago das Canárias, "publicaram-se dois romances do escritor, estrearam-se obras de teatro em vários países, realizaram-se filmes, compuseram-se óperas e, em diversas publicações ensaísticas, estudou-se a obra do autor, que, para tantos leitores, tem maior significado a cada dia que passa", afirma a FJS.

José Saramago é autor de mais de 30 títulos, entre os quais os romances O ano da morte de Ricardo Reis e Memorial do Convento, incluídos nos programas curriculares do Ensino Secundário.

Além do Nobel da Literatura, o único atribuído até hoje a um escritor de Língua Portuguesa, Saramago recebeu vários prémios, entre os quais o Prémio Camões, o Grande Prémio de Romance e Novela, o Grande Prémio de Teatro da Associação Portuguesa de Escritores, o Prémio da Associação de Críticos Portugueses, o Prémio Cidade de Lisboa, o P.E.N. Clube Português e o D. Dinis Fundação da Casa Mateus, entre outros.

por Lusa in jornal Público | 16 de junho de 2015
Notícia em Destaque, no âmbito da parceria Centro Nacional de Cultura | Jornal Público
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