Entre hoje e 21 de junho, quatro espetáculos integrados na programação do FITEI – Festival Internacional de Teatro de Expressão Ibérica – vão “habitar” o Teatro Nacional São João (TNSJ), o Teatro Carlos Alberto (TeCA) e o Mosteiro de São Bento da Vitória (MSB).

Carta ao Pai, um clássico da literatura universal

Numa encenação de António Gilberto – atualmente, diretor do Centro de Artes Cénicas da Funarte/Ministério da Cultura do Brasil – que, este ano, celebra 30 anos de carreira, Carta ao Pai é uma produção brasileira e parte do texto de Franz Kafka. A obra, escrita em 1919, explora o sentimento de culpa e a sombra da relação entre pai e filho e apresenta uma possibilidade de reflexão sobre a existência. Em cena hoje e amanhã, 16 de junho, às 21h00, no MSBV. Os bilhetes custam 10 euros.

Palmilha Dentada com estreia absoluta no TNSJ

A nova criação do Teatro da Palminha Dentada investiga, de forma “insolente”, o significado de um muro entre Montecchios e Capuletos. Numa peça que nada tem a ver com o clássico Romeu e Julieta, Ricardo Alves coloca dois homens a discutir a fronteira que separa as duas famílias: o problema será o cão cair na piscina ou é a piscina ficar suja se o cão cair nela? Muro pode ser visto nos dias 17 e 18 de junho, às 21h00, no TNSJ, e os bilhetes variam entre os 7,50 e 16 euros.

Horas e a reflexão entre o silêncio e o ruído

Nos dias 19 e 21 de junho, o Mosteiro de São Bento da Vitória recebe um diálogo de opostos – o real e o imaginado, a escuridão e a luz, o silêncio dos mosteiros e o ruído contemporâneo. Horas, com encenação de André Braga, fala da pureza da irracionalidade. O espetáculo pode ser visto na sexta-feira, às 22h00, e no domingo, às 16h00, e os bilhetes custam 10 euros.

Três Dedos Abaixo do Joelho, com Gonçalo Waddington

Com criação de Tiago Rodrigues e interpretação de Isabel Abreu e Gonçalo Waddington, Três Dedos Abaixo do Joelho “transforma” os censores do Estado Novo – que escreveram textos onde explicam proibições e cortes impostos a espetáculos – em dramaturgos para, de forma irónica, levar o espectador a refletir sobre a ditadura. A peça – que tem o apoio do Programa Cultural da União Europeia – sobe ao palco do TeCA, no dia 20 de junho, às 18h00. O preço dos bilhetes é de 10 euros.