"É de Cultura como instrumento para a felicidade, como arma para o civismo, como via para o entendimento dos povos que vos quero falar"

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"SERVIDÕES"

Herberto Helder

"Servidões" é o novo livro de poemas inéditos de Herberto Helder

Depois da publicação de A Faca não Corta o Fogo – súmula & inédita e de Ofício Cantante, chega às livrarias na próxima segunda-feira, dia 27 de maio, um novo livro de poemas inéditos de Herberto Helder, Servidões.

Livro de tiragem única de que aqui deixamos um poema:

até cada objecto se encher de luz e ser apanhado
por todos os lados hábeis, e ser ímpar,
ser escolhido,
e lampejando do ar à volta,
na ordem do mundo aquela fracção real dos dedos juntos
como para escrever cada palavra:
pegar ao alto numa coisa em estado de milagre: seja:
um copo de água,
tudo pronto para que a luz estremeça:
o terror da beleza, isso, o terror da beleza delicadíssima
tão súbito e implacável na vida administrativa

Primeiras páginas aqui e índice aqui.

Sobre o Autor

Herberto Helder nasce em 1930 no Funchal, onde conclui o 5º ano. Em 1948 matricula-se em Direito mas cedo abandona esse curso para se inscrever em Filologia Românica, que frequenta durante três anos. Teve inúmeros trabalhos e colaborou em vários periódicos como A Briosa, Re-nhau-nhau, Búzio, Folhas de Poesia, Graal, Cadernos do Meio-dia, Pirâmide, Távola Redonda, Jornal de Letras e Artes. Em 1969 trabalha como director literário da editorial Estampa. Viaja pela Bélgica, Holanda, Dinamarca e em 1971 parte para África onde faz uma série de reportagens para a revista Notícias. Em 1994 foi-lhe atribuído o Prémio Pessoa, que recusou.
Publica regularmente na Assírio & Alvim.

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