"É de Cultura como instrumento para a felicidade, como arma para o civismo, como via para o entendimento dos povos que vos quero falar"

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"A LEBRE DE OLHOS DE ÂMBAR"

Edmund de Waal

Uma estreia e uma revelação
A lebre de olhos de âmbar, de Edmund de Waal, é uma obra-prima da biografia

Receber uma coleção de 264 netsuke, pequenas mas valiosas peças japonesas, marcou o início da aventura de Edmund de Waal, relatada em A lebre de olhos de âmbar – Uma herança escondida, um livro que a Sextante Editora publica a 11 de outubro.

Vencedor do Prémio de Biografia Costa Book Award 2010, Prémio Ondaatje Award 2011 e considerado Livro do Ano pelo Economist, A lebre de olhos de âmbar foi aclamado por escritores como A.S. Byatt, Colm Tóibín e Julian Barnes, e, mais recentemente, recomendado por José Rentes de Carvalho e Yvette Centeno.

O Livro

264 pequenas esculturas de madeira e marfim, nenhuma maior que uma caixa de fósforos: o oleiro Edmund de Waal cruza-se com elas quando conhece a coleção em Tóquio, em casa do seu tio-avô Iggie. Mais tarde, quando Edmund herda os netsuke, eles deixam- lhe ver uma história muito maior do que a que ele poderia ter imaginado…

Os Ephrussi vieram de Odessa, e a certa altura eram os maiores exportadores de cereais do mundo; em 1870, Charles Ephrussi fazia parte de uma rica nova geração que se instalava em Paris. O poeta Jules Laforgue foi seu secretário e Marcel Proust inspirou-se nele como modelo do esteta Swann de Em busca do tempo perdido. A paixão de Charles era o colecionismo, e os netsuke, comprados quando os objetos japoneses faziam furor nos salões parisienses, foram enviados como presente de casamento ao seu primo banqueiro em Viena.

Mais tarde, três crianças – entre elas o jovem Ignace – brincaram com a coleção num momento em que a História lhes caía em cima. O Anschluss e a Segunda Guerra Mundial arrastaram os Ephrussi para o reino do esquecimento. O que restou do seu vasto império foi quase só a coleção de netsuke, subtraídos do gigantesco palácio vienense (na altura ocupado pelos teóricos hitlerianos da questão judaica), um a um, no bolso de uma fiel criada, e escondidos depois no seu colchão de palha.

Neste extraordinário livro de memórias, Edmund de Waal viaja pelo mundo para olhar os magníficos edifícios que os seus antepassados habitaram. E traça o percurso de uma família notável sobre o pano de fundo de um século tumultuoso. E, numa escrita tão elegante e precisa como os próprios netsuke, conta-nos a história de uma coleção única que passou de mão em mão e que, num golpe do destino, encontrou o seu caminho de volta ao Japão.

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Primeiras páginas: aqui

O Autor

Edmund de Waal nasceu em 1964, em Nottingham, Inglaterra. É um prestigiado oleiro inglês, professor de Cerâmica na Universidade de Westminster. Quando herdou uma coleção de 264 pequenas esculturas japonesas, em madeira e marfim, chamadas netsuke, decidiu escrever a extraordinária história da família que as colecionou e de como elas atravessaram os séculos. O resultado foi este livro, A lebre de olhos de âmbar, um sucesso mundial classificado como Livro do Ano pelo Economist e vencedor dos prémios Costa Book Award 2010 (biografia), Galaxy National Book Award 2010 (estreia literária) e Ondaatje Book Award 2011.

Imprensa

O livro mais maravilhoso que li este ano.
Tracy Chevalier, Daily Telegraph

Inesperadamente e com brilhante resultado, combina uma microforma de arte com a macro-história.
Julian Barnes, Guardian Review

Elegante. Sóbrio. Trágico. Homérico.
Stephen Frears, Saturday Guardian Review

Quer a história que revela quer os objetos que descreve são fascinantes e surpreendentes.
A. S. Byatt, Financial Times Life and Arts

Uma requintada pesquisa em busca de uma família e de um tempo perdidos. A partir do momento em que abrimos o livro entramos na velha Europa, integralmente recriada.
Colm Tóibín, The Irish Times

Tal como os netsuke, este livro é impossível de abandonar. Na vossa mão está uma obra de arte.
Frances Wilson, Sunday Times

A sensibilidade artística e empatia histórica de Edmund de Waal são tão cheias de vida como as suas peças de cerâmica.
Walter Kaiser, New York Review of Books

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