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"BANDA SONORA PARA UM REGRESSO A CASA"
A Porto Editora publica, no dia 14 de abril, Banda Sonora para um Regresso a Casa, de Joel Neto. O estilo direto e, por vezes, politicamente incorreto de Joel Neto evidencia-se nesta Banda Sonora para um Regresso a Casa, uma seleção das suas melhores crónicas, muitas das quais publicadas na coluna Muito Bons Somos Nós, distribuída com os jornais Diário de Notícias e Jornal de Notícias.
Sinopse
Os vegetarianos e os nudistas. Os cães e os escritores vivos. Os telefones, o silicone e o socialismo. As raparigas demasiado magras. O Benfica. As mulheres infiéis. O cinema fantástico, os anos 80 e a bem-aventurança em geral. Joel Neto parece colecionar inimigos ao mesmo ritmo a que via escrevendo. E, no entanto, garante que tem coração – e que, no limite, até é capaz de comover-se.
Neste volume reúnem-se as obsessões e os ódios, os delírios e os afetos daquele que é, hoje, um dos principais cronistas portugueses. Um livro que se lê como quem ouve um disco. A caminho de casa.
«Um casamento pode sobreviver a um homem infiel e pode sobreviver a uma mulher infiel também. Coisa diferente é o amor. Um homem pode ser infiel à sua mulher e, no entanto, amá-la eterna e incondicionalmente. Uma mulher infiel já não ama o seu marido.»
«Para que serve um cão? Para que serve um bicho completamente estúpido, tantas vezes agressivo, que cheira mal, que ladra alto, que nos rouba duas horas por dia só por causa do cocó – e que, além de tudo, volta e meia está obstipado, fazendo-nos andar, não duas, mas quatro horas a subir e a descer a rua com um saquinho de plástico na mão?»
«Já não gosto de futebol. Deste futebol. O meu futebol é o futebol dos golos de bandeira e dos penáltis roubados, dos copos pela noite dentro e das zaragatas à segunda-feira de manhã. No meu futebol, vivem-se o ódio e o amor em doses iguais – e, quando alguém nos pergunta se é loucura o que isso é, nós erguemos bem alto o copo e citamos Goethe (não citamos nada) e bebemos a Bruno Paixão.»
O Autor
Joel Neto nasceu em Angra do Heroísmo, em 1974. Publicou livros de ficção, de crónica e de reportagem, mas diz ver-se a si próprio sobretudo como um «escritor de jornais». Escreveu em quase todos os grandes jornais portugueses, ganhou vários prémios de reportagem e vem desenvolvendo há mais de vinte anos intensa atividade como cronista. O seu livro O Citroën Que Escrevia Novelas Mexicanas (contos, 2002) foi adotado como leitura obrigatória pela Universidade dos Açores. O volume anterior, O Terceiro Servo (romance, 2002) foi alvo de estudo na Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, no Brasil. Esta é uma seleção das suas melhores crónicas, a maior parte delas publicadas na coluna Muito Bons Somos Nós, distribuída com os jornais Diário de Notícias e Jornal de Notícias.
Página pessoal: www.joelneto.com