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HOTEL MAGESTIC
A par de Coetzee e Peter Carey
J. G. Farrell também venceu duas vezes o Man Booker Prize
Chega às livrarias portuguesas, no dia 3 de Março, Hotel Majestic, de J. G. Farrell, autor que, a par de J. M. Coetzee e Peter Carey, venceu o Man Booker Prize por duas vezes. A primeira vitória, porém, só foi atribuída post mortem.
Até 2010, apenas dois escritores tinham vencido por duas vezes o prestigiado Man Booker Prize: o sul-africano J. M. Coetzee e o australiano Peter Carey. Porém, em Maio último, a organização do prémio decidiu galardoar os livros que em 1970 tinham ficado fora da votação, devido a uma alteração das regras. E, para o efeito, criou o Lost Man Booker Prize. O romance Hotel Majestic (Troubles, no original) venceu com clara maioria e o seu autor, J. G. Farrell, no fundo, foi distinguido pela segunda vez, dado que em 1973 já havia recebido o Man Booker Prize, com The Siege of Krishnapur (a publicar pela Porto Editora em 2012).
Com o lançamento, esta quinta-feira, de Transgressão, de Rose Tremain, romance finalista do Man Booker Prize 2010, e deste Hotel Majestic, no início do próximo mês, a Porto Editora inicia uma sequência que dá a conhecer quatro grandes obras ligadas ao referido prémio. As outras duas são Room (título original), de Emma Donoghue, e A Questão Finkler, de Howard Jacobson. A primeira era apontada como grande favorita, mas foi a segunda a conseguir a vitória em 2010.
O ENREDO
1919: Após o final da I Guerra Mundial, o Major Brendan Archer dirige-se até à Irlanda, na esperança de descobrir se de facto está comprometido com Angela Spencer, cuja família anglo-irlandesa é proprietária do em tempos famoso Hotel Majestic. Mas a sua noiva está estranhamente diferente e a fortuna familiar sofrera enormes perdas. As centenas de quartos do hotel deterioram-se a olhos vistos; os seus poucos hóspedes dedicam-se quase em exclusivo a pequenos boatos e a jogos de uíste; bandos de gatos tomaram positivamente conta do Bar Imperial e dos andares superiores; canas de bambu ameaçam as fundações do edifício; leitões brincam nos courts de squash.
Mas não são apenas as paredes do outrora grandioso hotel que prometem cair de vez. Lá fora, o império britânico enfrenta desafios vindos dos quatro cantos do mundo, incluindo da sua vizinha Irlanda.
PRIMEIRAS PÁGINAS
Disponíveis aqui.
O AUTOR
James Gordon Farrell nasceu em 1935 em Liverpool, no seio de uma família anglo-irlandesa. É considerado um dos mais importantes autores do séc. XX, apesar da sua actividade de escritor ter sido tragicamente interrompida por um acidente enquanto pescava na costa irlandesa.
Tendo escrito outras três novelas antes de 1970, ficou famoso sobretudo pela “Trilogia do Império”, que retrata a decadência do Império Colonial Britânico com uma ironia sagaz, evidente nas descrições e nas características das personagens, enquanto o pano de fundo é um cenário histórico baseado em acontecimentos reais.
Em 1971 Troubles, o primeiro volume da trilogia, ganhou o Faber Memorial Prize, e em 1988 foi adaptado a telefilme.
O segundo volume da trilogia, The Siege of Krishnapur, a ser publicado brevemente pela Porto Editora, ganhou o Man Booker Prize em 1973 e foi nomeado para o prémio Best of the Booker.
IMPRENSA
Hotel Majestic tem tudo: uma bela história, personagens irresistíveis, diálogos verídicos e grandes ideias. É um livro que tem estofo para ganhar o Booker de qualquer ano, não só o de 1970.
John Crace – The Guardian
Não há outra obra do mesmo calibre que tenha sido escrita acerca deste período de transição da história da Irlanda: constitui uma referência na literatura irlandesa do séc. XX.
Kevin Myers – The Irish Independent
[J.G. Farrell] era um grande talento cuja vida foi interrompida. Acho que, naquela altura, ele estava a transformar-se em alguém de que todos ouviríamos falar e teríamos estudado na escola.
Katie Derham – membro do júri do Lost Man Booker Prize
Título: HOTEL MAJESTIC
Autor: J. G. Farrell
Tradução: Fernando Dias Antunes
Págs: 416
Capa: mole com badanas
PVP: 17,90 €