Notícias
Atribuição de Medalhas de Mérito Cultural
Na ocasião, que contou com a presença dos Presidentes do Centro Nacional de Cultura, Dr. Guilherme d’Oliveira Martins e da Fundação Oriente, Dr. Carlos Monjardino, e também de Eduardo Lourenço em representação do Grande Conselho do CNC, o Secretário de Estado da Cultura destacou o inestimável trabalho de uma vida dedicada às grandes causas da cultura.
ALBERTO VAZ DA SILVA
Foi autor de numerosos textos em programas de ciclos de cinema da Fundação Gulbenkian e da Cinemateca. Foi cofundador da revista “O Tempo e o Modo” onde dirigiu a Secção de Artes e Letras e exerceu crítica literária e cinematográfica, sendo um dos elementos mais marcantes e influentes. Teve ainda um papel essencial na revista “Raiz e Utopia” e em diversos periódicos como o “Expresso”, o “Semanário” e “O Independente”, em que manteve crónicas semanais.
GONÇALO RIBEIRO TELLES
Nascido em 25 de maio de 1922, Gonçalo Ribeiro Telles é uma referência da sociedade portuguesa pela ligação que sempre soube estabelecer entre a cidadania e o exercício apaixonado da sua profissão de engenheiro agrónomo e arquiteto paisagista pelo Instituto Superior de Agronomia, onde foi Assistente do Curso Livre de Arquitetura Paisagista.
A cultura e a defesa do ambiente e da qualidade de vida foram combates incindíveis que sempre assumiu ao longo de uma vida de serviço e de cidadania.
Como cofundador do Centro Nacional de Cultura em 1945, bem como nas páginas da revista “Cidade Nova”, Gonçalo Ribeiro Telles pôs a tónica na dignidade da pessoa humana inserida numa natureza respeitada e equilibrada e numa cultura portuguesa aberta e ciente da sua projeção universal.
Liberdade e tradição estão intimamente ligadas no magistério deste homem singular para quem o amor à Terra e à História é algo tão natural como o ato de respirar.
Gonçalo Ribeiro Telles sempre se manifestou como um espírito livre para quem o mais importante são as pessoas e não os regimes formais.
No Centro Nacional de Cultura fez a pedagogia ativa da criatividade e da ecologia, segundo uma ética pública de liberdade e responsabilidade, de cidadania e de respeito da dignidade humana.
Assim, em reconhecimento de uma vida dedicada às grandes causas da cultura, da arquitetura paisagística e do ambiente, em Portugal e no estrangeiro, ao longo de mais de meio século, entende o Governo Português prestar pública homenagem a GONÇALO RIBEIRO TELLES, concedendo-lhe a MEDALHA DE MÉRITO CULTURAL.