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TÓ TRIPS E FILHO DA MÃE: ISTO NÃO É UM FILME CONCERTO, ISTO NÃO É UM ROAD-MOVIE

Tó Trips e Filho da Mãe: Isto não é um filme concerto, isto não é um road-movie

Guitarras ao Alto faz o registo da digressão alentejana dos dois músicos em novembro passado. O palco e os bastidores. A música e o que está para além dela. Um documentário com estreia marcada para 14 de março na RTP2. 

No final de novembro, Tó Trips e Filho da Mãe fizeram-se à estrada. Guitarras na mala, mochila às costas e restante material no porta bagagens no carro. Dois guitarristas a atravessar o Alentejo para partilhar e apreciar a paisagem daquele interior do sul português. Dois homens a descobrir pessoas e gastronomias e bom vinho. Também a descobrirem-se um ao outro, estes dois músicos que fizeram das seis cordas da guitarra veículo para uma expressão única: sabemo-lo dos discos de Dead Combo ou dos discos a solo do primeiro, sabemo-lo quando ouvimos Palácio ou Cabeça, os álbuns do segundo.

Naqueles três dias de novembro em que atuaram em Beja, Portalegre e Campo Maior, Tó Trips e Filho da Mãe não viajaram sozinhos. Com eles, uma equipa de filmagem da RTP2 que não se limitou a registar o encontro dos dois músicos em palco. A música que os dois foram criando e vendo evoluir ao longo daqueles dias serve de guia a toda a viagem, mas é a viagem ela mesma aquilo que ficou registado num documentário com exibição marcada para 14 de março, às 24h, da RTP2.

Não é um filme concerto e não é exatamente um road movie. É algo de intermédio. Vemos o palco, os rostos dos músicos e os seus gestos, e vemo-los nos bastidores, discutindo a música e o que a rodeia. Vemo-los e as pessoas que vão encontrando, em cafés de beira da estrada, nas ruas, no final das atuações. Vemos como dois músicos se vão conhecendo e como a música de ambos parece também participar no processo, tornando-se ao longo de três dias uma linguagem comum.

Realizado por Daniel Mota a partir de uma ideia dos jornalistas e radialistas Henrique Amaro e Luís Oliveira, Guitarras ao Alto nasceu da iniciativa de Vasco Durão, hoje habitante de Estremoz depois de quinze anos lisboetas. Vasco pensou aproveitar estruturas culturais alentejanas para criar concertos únicos, aproveitando a música como janela para o próprio Alentejo. Tó Trips e Filho da Mãe foram os primeiros convidados. Henrique Amaro e Luís Oliveira viram ali a oportunidade de se aproximarem do processo criativo de dois guitarristas que prezam a intuição e de, através dele, revelar o outro lado da vida de dois músicos em viagem. O resultado tem o nome da digressão de três datas: Guitarras ao Alto. Não é um filme concerto e não é um road-movie. É qualquer coisa de intermédio.

in jornal Público | 10 de março de 2015


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