Personalidades
Frei Joaquim de Santa Rosa de Viterbo
Frei Joaquim de Santa Rosa de Viterbo nasceu em Gradiz a 13 de Maio de 1744. Seu pai era um pedreiro natural de Goutim (Valença) que executava as obras de pedraria pela província da Beira. Professou na Ordem de S. Francisco, tendo sido iniciado naquela comunidade religiosa, a 7 de Setembro de 1760, com 16 anos. Interessado pela investigação histórica, foi nomeado cronista da Ordem. Afim de poder consultar dados, viajou por todo o Reino, com ordem régia para lhe facilitar a investigação nos diferentes arquivos públicos ou privados. Foi relevante o seu trabalho na Torre do Tombo. Autor de um excelente trabalho, saído em Lisboa, em 1758, denominado "Elucidario das Palavras, Termos, e Frases, que em Portugal antiguamente se usarão...", obra que o erudito investigador reveria, após algumas críticas violentas, e que viria a ser publicada postumamente em 1825. Viterbo foi eleito sócio correspondente da Academia de Ciências e notário Apostólico, tendo-se retirado nos últimos tempos da sua vida para o Convento da Fraga. Continuou o seu trabalho até que uma apoplexia cerebral lhe retirou a vida, a 13 de Fevereiro de 1822, sendo sepultado no claustro do convento da Fraga. Deixou vasta obra manuscrita, como: A Botica Rural, estudo de farmacopeia elementar; O Tesouro da Misericórdia Divina e Humana, tradução do espanhol; O Companheiro Fiel, volume de preces e exorcismos; Compêndio Anotado do Dicionário de Moreri e Uma História Universal e Cronológica da Igreja de Portugal, obra em dois tomos. Na Biblioteca Municipal de Viseu existem vários manuscritos de Viterbo: Bispo de Portugal; Elucidário das Palavras Antigas; Elucidário das Palavras e Termos; História Eclesiástica; História Universal Cronológica; Viajante Universal. Deixou ainda um volume em latim - Aparatus ed Universam Theologiam.