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"Tudo, há 60 anos"

Exposição patente na Perve Galeria, em Alfama, entre 10 de fevereiro e 16 de março de 2024, apresenta uma perspetiva antológica sobre a produção plástica de Teresa Balté (1942, Portugal).

10 Fev a 16 Mar 2024

Perve Galeria
Rua das Escolas Gerais, n.º 13 . 1100-218 Lisboa
Preço
Entrada livre
Após a recente homenagem que a galeria prestou à poetisa e pintora na London Art Fair, o público terá agora a oportunidade de conhecer um conjunto alargado de obras, realizadas entre as décadas de 1960 e 1990, muitas delas inéditas.

Poeta, tradutora, autora de literatura infantil e professora universitária, Teresa Balté retirou, ao longo da sua vida profissional, 3 anos de licença sabática para se dedicar unicamente à produção artística, desenvolvida particularmente em torno da pintura, figurativa e abstrata.

Em 1967, Balté casou-se com Hein Semke, renomado artista alemão radicado em Portugal desde a década de 1930. Após a morte deste, em 1995, a autora dedicou-se a reunir e organizar o espólio artístico do marido, visando integrá-lo nas coleções de várias instituições portuguesas, como a Fundação Calouste Gulbenkian, o Museu Municipal Amadeo de Souza-Cardoso ou o Museu Nacional Soares dos Reis. A sua produção artística acabou assim por ser relegada, voluntariamente, para segundo plano, resultando num sub-reconhecimento que a Perve Galeria tem contrariado particularmente desde 2018, ano em que realizou a primeira exposição antológica de Teresa Balté.

Em 2020, Laura Hoptman, Diretora Executiva do Drawing Center em Nova York, selecionou Teresa Balté para uma exposição individual na secção Spotlight da Frieze Masters, em Londres, com um projeto da Perve Galeria. Balté é, de facto, a única artista portuguesa viva a ser assim destacada numa das feiras de arte moderna e contemporânea mais influentes do mundo.

Na Perve Galeria, o público poderá agora ver um conjunto alargado de trabalhos realizados por Teresa Balté, entre os quais uma obra de 1969 dedicada ao seu marido, Hein Semke. A esta juntam-se obras realizadas nas décadas de 1960 e 1970, em que a figura humana é inexistente, numa estética quase psicadélica, obras figurativas dos anos 1980, onde as formas e as cores se contaminam em fluída metamorfose, ou colagens da década de 1990, da série "Cartas a Lohengrin", dedicada a Lohengrin, personagem do Ciclo Arturiano, um dos cavaleiros da Távola Redonda, que aparece originalmente no poema "Parsifal" de Wolfram von Eschenbach.
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