A sexualidade, o corpo e o género constituem focos de debate cultural e social, interferindo, igualmente, na esfera da política e da economia. A dialética que atualmente existe em torno destas questões poderá ser contemporizada com a sociedade clássica, salvaguardando os devidos distanciamentos a nível concetual e mental, evitando possíveis erros anacrónicos a que estes assuntos têm, ultimamente, sido alvo.

Pretende-se, com esta breve apresentação explorar como a iconografia erótica/sexual permite perspetivar a sexualidade em época romana como um dos muitos instrumentos do processo de domínio e aculturação encetado por Roma, na subjugação de outros povos. A cultura visual associada às relações sexuais poderá contribuir, no espaço mais ocidental do império, para a criação de um discurso específico relativo a uma sexualidade provincial e plural como, aliás, se verifica em outras províncias do Império Romano.

Dada a inexistência de trabalhos deste cariz para o território português, o presente debate torna-se fulcral na obtenção de informação útil no estudo das identidades sexuais romanas regionais.

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